Túnel de obra do Rodoanel Norte completa dois anos desabado

Acidente ocorreu em dezembro de 2014 e causou prejuízo de R$ 39 milhões; segundo a Dersa, custo será pago pelas empreiteiras

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Por Fabio Leite
Atualização:

Registro feito em março de 2016. Foto: Gabriela Biló/Estadão

Pouco mais de dois anos após ter desabado durante a construção do Trecho Norte do Rodoanel, um túnel em Guarulhos continua soterrado, empacando a conclusão da última alça do anel viário paulista. Prevista para 2016, a entrega dos 47,6 km foi adiada para março de 2018.

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O túnel, que fica próximo do Aeroporto de Cumbica, tinha 143 metros já escavados quando desabou no dia 6 de dezembro de 2014. O acidente não deixou vítimas, mas causou um prejuízo de R$ 39 milhões. Responsável pela obra, a Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) afirma que os custos serão custeados pelas empreiteiras que executam o lote, Construcap e Copasa.

A causa do desabamento ainda é investigada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), contratado em 2015 por R$ 3,6 milhões. "A conclusão desse trabalho está prevista para o primeiro semestre deste ano", afirma a Dersa, estatal controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo a companhia, a solução encontrada foi remover totalmente os escombros da estrutura que caiu e destruir os 100 metros do túnel vizinho, que ficou condenado por causa do acidente, para fazer pistas a céu aberto no trecho atingido e iniciar uma nova passagem subterrânea 150 metros à frente.

O custo dessa operação, que ainda não tem prazo para começar, está estimado em R$ 45 milhões. A Dersa afirma que "as obras serão retomadas tão logo o Estado consiga a imissão na posse (desapropriação) de áreas localizadas em sua porção superior".

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Até agora, de acordo com a estatal, 62% da construção do rodoanel foram concluídos. A alça do anel viário passa pela zona norte da capital e vai interligar o Trecho Oeste, a partir da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, em Pirituba, zona oeste, e o Trecho Leste, na Rodovia Presidente Dutra.

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