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Movimento Passe Livre marca ato contra aumento da tarifa para o dia 12

Apesar da tarifa básica congelada em R$ 3,80, MPL critica reajuste promovido por Alckmin e Doria nos bilhetes de integração (ônibus e trilhos) e temporais

Por Fabio Leite
Atualização:

O Movimento Passe-Livre (MPL) marcou para a próxima quinta-feira, dia 12, o primeiro ato do ano contra os aumentos parciais nas tarifas de ônibus, trem e metrô de São Paulo anunciados na semana passada pelo governador Geraldo Alckmin e pelo prefeito João Doria, ambos do PSDB.

A manifestação, que ainda não tem local definido, tem 1,4 mil presenças confirmadas no Facebook e será o primeiro teste das ruas para Doria. Em sua página na rede social, o MPL critica o aumento de 14,8% da tarifa de integração entre ônibus e trilhos (metrô e trem), que passará de R$ 5,92 para R$ 6,80 a partir do próximo domingo, 8.

Ato contra aumento da tarifa em 2015. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Outras modalidades de cobrança, como o bilhete único mensal, terão aumentos de até 35,7%, passando de R$ 140 para R$ 190 no caso do bilhete comum e de R$ 230 para R$ 300 no bilhete integração. Essas modalidades de cobrança não era reajustadas há três anos.

Segundo a gestão Doria, somente 25% dos passageiros de ônibus (cerca de 2 milhões por dia) serão afetados pelos reajustas, enquanto 75% (6 milhões de usuários) serão beneficiados com o congelamento da tarifa básica em R$ 3,80 e com a manutenção das gratuidades, como estudantes de baixa renda e idosos com mais de 60 anos.

Protagonista dos protestos que derrubaram o aumento de R$ 0,20 nas tarifas de ônibus, trem e metrô em junho de 2013 (em 2015 e 2016 os atos não impediram os reajustas), o MPL criticou a decisão de Alckmin e Doria de reajustar a integração e os bilhetes temporais em um manifesto publicado no Facebook.

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"Não é nenhuma surpresa que eles tenham prometido o congelamento das tarifas em 2017 e agora anunciem o aumento: o compromisso desses senhores não é com a população, e sim com aqueles que financiam suas campanhas e sustentam suas máfias e cartéis. Dissi

mulados e covardes, Alckmin e Doria aumentam a tarifa pelas bordas, tirando cada vez mais dinheiro da população que precisa se deslocar pela cidade", afirma o movimento.

Questionado sobre a convocação do ato do MPL na última quarta-feira, 4, Doria disse apenas que falaria sobre o assunto em "momento oportuno".

Também estão previstos protestos em Barueri, Carapicuíba, Guarulhos, Mauá, Osasco e Santo André. No caso de Guarulhos, a tarifa foi reajustada de R$ 3,80 para R$ 4,50 no fim de 2016 pelo ex-prefeito Sebastião Almeida (PT), mas acabou sendo suspensa por liminar da Justiça. O novo prefeito de Guarulhos, Guti (PSB), revogou nesta semana o decreto que reajustava a tarifa.

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