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Notícias e Histórias das Cidades de São Paulo

Semana Santa resgata patrimônio religioso do século 19 em Itu

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Por José Tomazela
Atualização:

As celebrações da Semana Santa, que se iniciam nesta sexta-feira (18) e seguem até o domingo de Páscoa, resgatam cerimônias tradicionais que remontam ao século 19, em Itu. Os eventos que relembram a paixão e morte de Jesus Cristo acontecem em igrejas que são relíquias do patrimônio histórico paulista. Nesta sexta, a imagem bicentenária de Nossa Senhora das Dores sai em procissão até a igreja matriz de Nossa Senhora da Candelária, de 1780, para a via sacra. A Schola Cantorum de Itu cantará antigos motetes e o Coral Vozes entoa o hino Stabat Mater, composto por Miguelzinho Dutra, por volta de 1850. No sábado haverá o Ofício Solene das Trevas, na Igreja do Carmo, de 1774. Os salmos e antífonas serão entoados em cantochão e canto gregoriano. Os responsórios foram compostos em 1876, em Itu, pelo maestro Tristão Mariano da Costa. Domingo, a Procissão dos Passos, uma via sacra com sete estações, repete tradição do século 18, visitando casas de famílias da região central. Em cada passo haverá o canto da Verônica, composto por volta de 1790 pelo padre Jesuíno do Monte Carmelo. A chega será na Igreja do Bom Jesus, de 1765, onde se realiza o Sermão do Encontro. A União dos Artistas executará marchas recuperadas recentemente e que não eram ouvidas há mais de 60 anos. Na Sexta-Feira Santa (25), haverá a Cerimônia das Sete Palavras, realizada em Itu desde 1867 - a primeira que existiu no Brasil. Parte das obras musicais que acompanham a celebração foi composta em Itu, por Elias Lobo, em 1867. Durante o cortejo com o Senhor Morto, o Vozes de Itu entoa o canto medieval Vexila Regis. Na celebração da morte de Jesus, serão cantadas músicas compostas em 1876 por Tristão Mariano da Costa. À noite, a imagem do Senhor Morto, esculpida em 1796, será levada em procissão pelas ruas, ao canto do Stabat Mater. No Ofício das Trevas, sábado, a Schola Cantorum recita salmos, antífonas e responsórios compostos por José Tescari, em Itu, em 1921.

Igreja de Nossa Senhora da Candelária, em Itu. Foto: Estadão
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