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Quilombo isolado busca reconhecimento em Iporanga

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Por José Tomazela
Atualização:

Os 85 moradores da comunidade de Bombas, no município de Iporanga, no Vale do Ribeira, não têm água encanada, esgoto, energia elétrica, nem telefone fixo ou sinal de celular. Para completar o isolamento, também não têm acesso. Para chegar ao local, é preciso deslocar-se a pé ou no lombo de animais num percurso de pelo menos três horas por uma trilha sinuosa, em meio à mata. Tudo isso a 360 quilômetros de São Paulo.

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Agora, a comunidade nutre a esperança de ser reconhecida como quilombo. Ação nesse sentido foi ajuizada na última terça-feira (1) no Fórum de Registro pela Defensoria Pública de São Paulo. Como a área ocupada pelas famílias está no interior de um parque estadual, a ação pede ainda que seja autorizada a construção de um acesso e a elaboração de um plano de ação compartilhada entre quilombolas e gestores da unidade de conservação.

De acordo com o procurador Andrew Toshio Hayama, será uma forma de possibilitar que eles realizem atividades tradicionais, como o extrativismo de baixo impacto ambiental e a roça de subsistência. Estudo técnico apresentado ao Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) aponta vínculo histórico entre o grupo e o território em que vivem, além de outros requisitos para reconhecimento do território quilombola, como a ancestralidade, identidade e etnia.

Se a Justiça reconhecer a comunidade como quilombola, as terras serão tituladas em nome da Associação dos Remanescentes de Quilombo de Bombas.

 

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