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Notícias e Histórias das Cidades de São Paulo

Itu celebra bicentenário do Frei Jesuíno e 80 anos de tombamento da matriz

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Por José Tomazela
Atualização:

Em dezembro de 1938, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), incluía em seu livro de Belas Artes a Igreja de Nossa Senhora da Candelária, a matriz de Itu, como patrimônio nacional. O edifício, relíquia do barroco paulista, inaugurado em 1780, já ostentava em seu interior o douramento primitivo e pinturas de Jesuíno Francisco de Paula Gusmão, conhecido como frei Jesuíno do Monte Carmelo. Neste sábado (23), os 80 anos de tombamento da matriz e o bicentenário do falecimento de frei Jesuíno serão comemorados com uma série de eventos que incluem seminário, visita técnica à igreja e concerto musical. O seminário terá palestra da professora Myrian Ribeiro, especialista em estilos do barroco brasileiro. A visita técnica, conduzida pelo professor Percival Tirapeli, terá um número limitado de participantes que serão levados a conhecer aspectos históricos e artísticos do templo católico. À noite, a igreja se transforma em palco para o concerto do Coral Vozes de Itu, sob a regência dos maestros Luís Roberto de Francisco e Paulo Zeppini, executando obras de compositores mineiros e ituanos. A matriz de Itu acaba de passar por um minucioso processo de restauração. Os últimos trabalhos envolveram o restauro dos altares laterais de São José e do Sagrado Coração, e as imagens de Nossa Senhora da Candelária e da Imaculada Conceição, além de outros elementos artísticos e religiosos. Anteriormente, já haviam sido restauradas as telas de José Patrício da Silva e de seu discípulo, frei Jesuíno. A igreja guarda preciosidades, como um órgão de tubos encomendado em 1831 ao artífice francês Aristide Cavaille-Coll, destacado construtor de órgãos da época. O instrumento foi feito em carvalho, marfim e ébano, permanecendo até os dias atuais com a mesma sonoridade.

Altar principal da matriz de Itu, relíquia do barroco.Foto Jose Tomazela/Estadão  
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