A polêmica sobre a possível demolição da Capela do Bom Jesus dos Martírios para a duplicação da rodovia João Beira (SP-95), entre Amparo e Pedreira, chega ao final com uma boa notícia para o patrimônio histórico. A igreja, cujo prédio original data de meados do século 19, será preservada. As obras de duplicação do trecho, muito usado por turistas como acesso às cidades do Circuito das Águas Paulista, já tiveram início.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano de Amparo, Paulo Righetti Marinho, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) garantiu a preservação da capela. O padre José Donizetti de Farias, da paróquia Nossa Senhora das Arcadas, responsável pela capela, alertou para a necessidade de garantir a segurança dos fiéis que comparecem às missas, já que a igreja fica muito próxima da rodovia.
De acordo com o pesquisador Roberto Pastana Teixeira Lima, um dos defensores desse patrimônio, a capela tem origem na antiga Colônia dos Martírios, fundada por volta de 1850 pelo barão Antonio Francisco de Souza Queiroz. Era inicialmente uma construção pequena, depois ampliada, adquirindo a configuração atual. Com o surgimento do bairro Vale Verde no entorno passou a ser conhecida também como Capela do Bom Jesus do Vale Verde.