Publicado pela 1ª vez em 31/05/2010 Empresas de vários segmentos estão descobrindo um novo mercado. É a ética. Sim, a ética é politicamente correta e ainda pode dar lucro. É só prestar atenção para ver e ouvir que já há campanhas em andamento. Fabricantes de cigarros e bebidas pregam o consumo consciente e o combate à pirataria e à sonegação de impostos, que podem fazer mal aos cofres públicos e até à saúde (!) dos consumidores. Também tem banco e administradora de cartão ensinando a gastar com moderação para não cair nos juros pornográficos e no crédito rotativo, aquele que roda, roda, roda e deixa o coitado do devedor tonto até cair. Isso sem contar a crescente preocupação com o meio ambiente, traduzida em outra palavra que está na moda: sustentabilidade. Tudo isso, além de honesto, é muito bom para o mercado de trabalho. Já pensou como seria a contratação se não houvesse esse tipo de cuidado? Na indústria de cigarros, um candidato fumante levaria vantagem. O cara poderia até ganhar o emprego na tosse ou no pigarro! Na fábrica de bebidas alcoólicas, o sujeito interessado numa vaga teria que fazer o teste do bafômetro. Quanto mais alto o teor etílico, mais qualificado seria para a função! Endividados e gastadores compulsivos também poderiam vestir a camisa e trabalhar em instituições interessadas somente no lucro acima de tudo. Ainda bem que os tempos estão mudando, mas... dá pra tomar uma antes?