Edison Veiga
10 de fevereiro de 2011 | 08h27
NOVAMENTE EM CARTAZ?
Se depender dos planos da Secretaria Municipal de Cultura, o velho Cine Ipiranga – inaugurado em 1943, na homônima avenida, no centro, com projeto do arquiteto Rino Levi (1901-1965) – será o segundo cinema público da capital. O outro é o Olido, na Avenida São João, também no centro. O Ipiranga, cuja fachada foi tombada em 1992 e os elementos internos há dois anos, foi declarado de utilidade pública pela Prefeitura em junho do ano passado. Agora está em andamento o processo de desapropriação.
O antigo Ipiranga reside na memória dos cinéfilos paulistanos ao lado de outras salas icônicas como o Cine Metro e o Cine Art Palácio. O empreendimento não se resumia ao cinema: contava também com um hotel de 22 andares, o Excelsior.
Assim como outras salas projetadas por Levi, o Cine Ipiranga tinha uma caprichosa parábola acústica e minucioso acabamento de iluminação. O fio condutor de sua arquitetura era presente em todos os elementos, como forros, guarda-copos, sala de espera e escadas. Nenhum filme é exibido no velho cinema desde fevereiro de 2005.
Publicado originalmente na edição impressa do Estadão, coluna ‘Paulistices’, dia 7 de fevereiro de 2011
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