Edison Veiga
02 de janeiro de 2014 | 00h39
FOTO: JUVENAL PEREIRA/ ESTADÃO
Conhecido pelo espírito pop e de vanguarda, o poeta curitibano Paulo Leminski (1944-1989) deve parte de sua formação ao Mosteiro de São Bento, marco histórico-religioso do centro paulistano. Atraído pela rica e erudita biblioteca da instituição – que, na época, contava com 70 mil volumes (cerca de 30 mil a menos que a coleção atual) – , o jovem Leminski começou a trocar cartas com os religiosos. Em 1958, mudou-se para São Paulo a fim de morar na clausura beneditina e estudar no Colégio de São Bento. Nos quase dois anos em que viveu ali, estudou latim, grego, filosofia e cultura religiosa. Durante toda a vida, o poeta seguiu se correspondendo com os monges de São Bento, compartilhando com eles a evolução de seus estudos. Em diversas entrevistas, ele afirmou que sempre se consideraria um beneditino.
Publicado originalmente na edição impressa do Estadão, coluna ‘Paulistices’, dia 6 de dezembro de 2013
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