Não é fácil a vida do paulistano que, preocupado com o meio ambiente, quer dar um destino correto às lâmpadas fluorescentes queimadas. A Prefeitura se apoia em uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente - que obriga os fabricantes a recolher o produto, que contém o perigoso mercúrio em seu interior - para não receber o material em nenhum ponto de coleta de recicláveis.
De acordo com a Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação, algumas redes de supermercados e lojas de produtos de construção vêm recebendo as lâmpadas queimadas - na reciclagem, vidros, alumínio e pinos de latão podem ser reaproveitados e o pó de fósforo, já livre do mercúrio, tem utilidade em fábricas de cimento ou asfalto.
Também é possível recorrer a serviços especializados na coleta - mas eles cobram, em média, R$ 0,80 por lâmpada e só topam fazer o serviço em larga escala. Ou seja: contratá-los só vale a pena para grandes empresas ou condomínios. Quem disse que é tarefa simples bancar o ecologicamente correto?
Publicado originalmente na edição impressa do Estadão, coluna 'Paulistices', dia 4 de outubro de 2010