Edison Veiga
05 de agosto de 2016 | 14h01
Escultor, ator e adido cultural na embaixada brasileira na Nigéria, o paulistano Adhemar Ferreira da Silva (1927-2001) se tornou esportista por um motivo prosaico. “Achei a palavra ‘atleta’ bonita e decidi que queria ser um”, explicou ele, certa vez. Tornou-se o primeiro brasileiro a ganhar dois ouros olímpicos – salto triplo nos Jogos de Helsinque, em 1952, e de Melbourne, em 1956. Fumante inveterado, acabou diagnosticado com problemas pulmonares que o impediram de disputar sua terceira Olimpíada, em Roma, em 1960. É o único brasileiro homenageado no salão da Federação Internacional de Atletismo (IAAF).
O paulistano treinava no São Paulo Futebol Clube. É em referência a suas duas medalhas olímpicas, aliás, que o time enverga duas estrelas douradas acima do escudo, no uniforme.
O atleta também é homenageado em um memorial localizado no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o popular Morumbi. Em 2007, a Ponte do Limão, na zona norte, foi oficialmente batizada de Adhemar Ferreira da Silva, em memória ao campeão. A placa só foi instalada no logradouro em 2011.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.