Edison Veiga
13 de março de 2012 | 16h31
Por conta deste post aqui, recebi um comentário de Patricia Pinto, filha de Casimiro Pinto Neto, o Bauru, inventor do sanduíche homônimo. Compartilho com vocês a mensagem dela (com dicas para quem quiser se aventurar a fazer a receita em casa):
“Licença, estou aqui no sertão de Goiás e vejo sua matéria no Facebook. Grata. Sou filha do Casimiro e fico sempre feliz em ver que, mesmo depois de 30 anos de sua morte, sempre que publicam um artigo tem alguém que conhecia meu pai e gostava dele.
Adoro as discussões que sempre ocorrem. Uma vez já quase me atraquei com uma gaúcha que me dizia que meu pai tinha roubado a receita de outro gaúcho. Logo meu pai, que foi Constitucionalista…
Mas, caro ou barato, é uma delícia. Pararam de usar rosbife na época da 2ª Guerra, com o racionamento de carne, e começaram a usar presunto.
Para quem pediu uma receita de rosbife, pegue a peça de filé, contra-filé, alcatra ou colchão-mole, esfreguem sal e pimenta do reino a gosto, e fritem em fogo médio até todos os lados da peça fiquem bem escuros, em panela grande para não juntar água, e com pouco azeite (ou óleo): fica bem rosado e suculento, como meu pai gostava. E bom apetite!
E para o pessoal que se assustou com a receita do bauru que papi inventou – até pão com ovo eu li -, em Recife o cachorro-quente era pão de sal, francês ou como queiram, o recheio era carne moída refogada em molho de tomate com muito coentro e pimentão. Diferente, mas ótimo também.”
Muito legal o depoimento dela. Já que a discussão foi aberta, que tal falarmos sobre os diferentes tipos de bauru que existem por aí? Os comentários estão abertos!
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