Em uma complexa escritura de oito páginas manuscritas lavrada por um tabelionato do centro de São Paulo, o magnata Assis Chateaubriand (1892-1968), o Chatô, determinou, em julho de 1962, que um grupo de 22 funcionários de suas empresas herdasse boa parte dos seus bens.
"Muito mais do que manutenção ou transferência do patrimônio ou qualquer sentimento de justiça, sua preocupação primordial era a continuidade das atividades de suas empresas. No documento, ele quase chega a determinar cargos para as pessoas", explica o tabelião Andrey Duarte.