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Casa da Fazenda do Morumbi, 200 anos

Por Edison Veiga
Atualização:
 Foto: Estadão

Um dos imóveis mais antigos de São Paulo, a Casa da Fazenda do Morumbi, na zona sul, comemora 200 anos com uma programação especial de exposições, um baile previsto para setembro e a expectativa de sediar uma peça teatral musical. "Como não há data oficial de inauguração, sabemos apenas que foi em 1813, a ideia é que celebremos durante todo o ano", comenta Jussara Martins, curadora da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História (Abach), que administra o histórico local.

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Com paredes de taipa, o casarão está em um terreno de 8 mil m². Os cômodos internos são ocupados frequentemente por eventos - a Abach aluga o espaço - e exposições. Em um grande salão, funciona, de forma fixa, um restaurante. No pavimento inferior, está preservada uma antiga senzala e, no mesmo terreno, há ainda uma capela.

A história oficial diz que a casa fazia parte de uma extensa fazenda, dedicada ao cultivo de chá, que pertenceu ao inglês John Rudge (1792- 1854) - ele teria vindo na mesma esquadra que, em 1808, trouxe a família real portuguesa ao Brasil e recebeu as terras em doação de d. João VI.

O primeiro a viver na casa foi o padre Diogo Antonio Feijó (1784-1843), sacerdote que entrou para a história como Regente Feijó. Em 1920, o imóvel ruiu parcialmente. A reconstrução foi projetada pelo arquiteto modernista Gregori Warchavchik (1896-1972). Até 1978, seguiu como residência particular - a família Carvalho Ramos foi a última a morar ali. Mais tarde, o local acabou tombado pelos órgãos municipal e estadual de proteção ao patrimônio. Restaurada nos anos 1990, a casa foi reinaugurada em 1999.

Cenário. Nos anos 1950, o casarão serviu de cenário para filmes, caso de Sinhá Moça, produzido pela Vera Cruz. "Por isso, pretendemos neste ano ter aqui uma peça, um musical, que relembre a mesma história", adianta a curadora.

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Tema da coluna veiculada pela rádio Estadão em 1º de abril de 2013

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