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Associação defende projeto de construtoras para o Parque Augusta

Em carta aberta, Amacon afirma que "as minorias não gostaram, mas a população saiu ganhando'

Por Edison Veiga
Atualização:
 Foto: Estadão

 Foto: Felipe Rau/ Estadão

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Por Lia Zalszupin*

Na polêmica a respeito do Parque Augusta, chama a atenção a quantidade de inverdades e equívocos sobre o assunto. Para defender seus pontos de vista, aqueles que são favoráveis ao parque em 100% do terreno têm divulgado, muitas vezes, informações que passam a ser reproduzidas pela mídia, sem a devida averiguação ou comprovação. Na argumentação, em lugar de um conteúdo embasado e aprofundado, o que tem prevalecido é a agressividade e o radicalismo.

A única associação de moradores do bairro da Consolação - legitimamente constituída - é a Amacon, que antes de tomar qualquer posição, procurou conhecer o histórico - antes, durante e depois do tombamento; os vários projetos - apresentados, aliás, por arquitetos de renome; as propostas dos proprietários; a documentação pública referente ao terreno; a legislação, etc. Por este motivo, a Amacon vem solicitar um espaço nesse veículo para expor a opinião da Associação e dos moradores da região.

As pessoas que se manifestam contrárias ao projeto aprovado no dia 21 pelo Conpresp deveriam investigar melhor a informação existente a respeito do Parque Augusta e, além disso, procurar conhecer as questões técnicas e legais.

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Dizem, por exemplo, que o parque deve ser implantado em 100% do terreno, quando a lei nº 15.941, de 23 de dezembro de 2013, que cria o parque, não faz nenhuma determinação nesse sentido. Dizem que serão construídas "torres", quando, na realidade, o projeto prevê edifícios, com no máximo 45 metros de altura, de acordo com o gabarito para a região. Principalmente, dão a entender, inclusive com fotomontagens, que as árvores serão eliminadas e tudo será cimento.

Para Amacon, parcerias entre poder público e iniciativa privada são bem-vindas

Nessa discussão, políticos, urbanistas, arquitetos, partidos políticos, produtores culturais, artistas, intelectuais, ONGs e coletivos, defendem, cada um, seus interesses. Mas ninguém procura saber, de fato, qual é a verdadeira opinião da população da região. Os milhares de moradores da Consolação são partidários da parceria entre o poder público e a iniciativa privada, pela modernidade e sucesso desse formato administrativo em todos os empreendimentos em que foi empregado, pelos bons resultados já apresentados e pela qualidade que essas ações têm trazido à cidade. A implantação e manutenção do Parque Augusta, na forma aprovada pela resolução do Conpresp, além de inibir a degradação da região, assegura o uso democrático desse espaço público - porque o parque é para todos, e não para grupos minoritários - o cumprimento das leis, a oferta adequada de serviços, estrutura e segurança, a preservação da fauna, flora e do patrimônio histórico - tudo isso já, e sem onerar o município.

Em lugar de criticar a Prefeitura e o Conpresp, os políticos, urbanistas, arquitetos, partidos políticos, produtores culturais, artistas, intelectuais, ONGs e coletivos - em especial, os ligados ao patrimônio e ao meio ambiente - deveriam incentivar mais parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, para benefício da cidade e da população.

A Prefeitura, ao criar o Parque Augusta em parceria com a iniciativa privada, e o Conpresp, ao aprovar tecnicamente o projeto para o terreno, não se omitiram, frente à sua responsabilidade, e cumpriram o seu papel, defendendo o que é de todos. As minorias não gostaram, mas a população saiu ganhando!

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Temos certeza de que esse prestigioso veículo de comunicação, em prol da imparcialidade, nos dará ouvidos.

* Lia Zalszupin é vice-presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro da Consolação e Adjacências (Amacon).

Leia mais: >Outra visão sobre a questão do Parque Augusta, pelo arquiteto Benedito Lima de Toledo. >Associação quer permuta para que a Prefeitura assuma o controle do Parque Augusta. >Presidente de construtora detalha como é o projeto do parque. >Entenda o histórico do Parque Augusta.

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