Edison Veiga
30 de novembro de 2015 | 17h26
“Eu não estou passando por dificuldades financeiras, crise nenhuma. Não devo nada a ninguém e nunca precisei entrar em um banco”, diz Chiquinho. “E mais: também não tenho maracutaia com governo, com nada.” O problema, segundo ele, é que não aguentava mais “esbarrar o pé” na mesa, no piano, em “toda a entulhação das coisas”. “Além disso, toda vez que dou uma festa em casa, como anteontem, preciso retirar as coisas e colocar segurança em todos os cômodos, para ninguém roubar nada. Agora, pelo menos, tem menos coisas para roubar”, comenta. (E ficamos aqui só pensando que tipo de convidado é esse que afana objetos pessoais do anfitrião…)
Chiquinho afirma que ainda não tem um balanço de quanto foi vendido e arrecadado com a ação. “Só terei números lá por quarta-feira”, desconversa, sem confirmar nem desmentir a informação aventada de que a família pretendia arrecadar cerca de R$ 2 milhões com os itens. “Antes, pensei em doar tudo para instituições que costumo ajudar. Mas 70% dos objetos que mandei, voltaram. Nada servia: os lençóis eram muito grandes, as toalhas muito felpudas, as panelas de tamanhos incompatíveis”, explica.
Sobre os itens, ele diz que a maior parte era coisa acumulada sem critério nem muito sentido. “Por exemplo, toda vez que minha mãe recebia uma flor de presente, ela mandava guardar o vaso. Resultado: tínhamos em um quarto 231 vasos de flor. Ferros de passar, eram oito. E as roupas dos empregados? Houve um tempo em que eram 24 funcionários aqui, hoje são oito”, enumera.
E o piano, que tantas vezes foi esbarrado por seu pé? “Esse ninguém ia querer comprar. Dei para meu sobrinho, que é o único da família que toca”, conta.
Chiquinho diz que qualquer convidado à sua casa não vai nem notar a diferença, que tudo está como antes, mas com mais espaço. “E na quinta mesmo vem aqui o decorador para reorganizar tudo”, frisa. Mas a mansão, ela também, está à venda – e já tem um ano e meio. “Estou construindo outra aqui perto, no Jardim Europa. Por esta, estou pedindo R$ 80 milhões. Mas tem de ser à vista, sem choro nem vela”, apregoa.
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