Em meio à pressão de movimentos de sem-teto para apressarem a votação do novo Plano Diretor, vereadores paulistanos da CPI dos Alvarás visitaram ontem à noite casas de massagens e boates suspeitas de não possuir documentação da Prefeitura. Além de casas como a Aero Massagens, ao lado de Congonhas, e de outras que funcionam em áreas residenciais da Vila Mariana e no Jardim Aeroporto, na zona sul, a comitiva do Legislativo fez blitz nas boates Romanza e Eazy Club.
"São casas que não oferecem segurança alguma. Encontramos mulheres em condições insalubres, uma inclusive possível menor de idade. Aí você pergunta de houve fiscalização da subprefeitura, e elas respondem que não houve", argumenta o vereador Eduardo Tuma (PSDB), presidente da CPI e líder da Frente Parlamentar Cristã, bloco que agrega 17 dos 55 parlamentares da Câmara Municipal. Ao lado de Tuma estavam os vereadores Adilson Amadeu (PTB) e Abou Anni (PV).
"Existe hoje uma fiscalização muito mais rigorosa feita sobre as igrejas, que desenvolvem um trabalho social, do que nessas casas suspeitas de promoverem a prostituição", emendou Tuma. O vereador disse que em uma casa de massagem da zona sul a gente chegou a oferecer um "serviço por conta da casa". "Mas claro que nós recusamos", contou o vereador.
As boates Romanza e Eazy Club negam qualquer irregularidade e argumentam ter alvará de funcionamento da Prefeitura. "Mas a Eazy tem 1.300 metros quadrados de área construída e o alvará da Prefeitura diz que a lotação é de 800 pessoas. Mas existe um outro alvará, dos Bombeiros, que fala em 1.800 pessoas. Como pode haver esses dois alvarás tão diferentes", questiona o tucano.