Apresentada há duas semanas, a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, conjunto de ações proposto pela Prefeitura para revitalizar a região entre a Mooca e a Vila Carioca, entre as zonas sul e leste, seguindo o eixo da Avenida do Estado, tem uma divisão específica para o bairro do Ipiranga.
Ali, os arquitetos da Prefeitura querem fazer um parque nas nascentes do Córrego do Ipiranga e reformar a Avenida D. Pedro I, que termina no Museu do Ipiranga, hoje fechado. O parque tomaria a Rua Teresa Cristina, que deixaria de existir, e se ligaria até o Parque da Independência, onde está o museu. Â
Operações Urbanas são ações em que a Prefeitura permite que o setor imobiliário construa prédios com tamanhos acima da legislação vigente. Para isso, as empresas têm de adquirir um título especial que libera essas construções, os chamados Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs). O dinheiro obtido com os Cepacs permite que o bairro seja reformado. Foi assim com as Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Engenheiro Luiz Carlos Berrini, por exemplo.
No caso dessa operação, Documento
cuja minuta pode ser lida aqui
O texto deve ser enviado à Câmara Municipal neste mês, que deve votá-lo até o fim do ano. A capitação de recursos, e a liberação para as novas construções, começariam no ano que vem.
Com sete anos de preparação, a Prefeitura espera viabilizar a operação do Ipiranga de forma que o parque e as demais reformas estejam prontos até 2022, quando se comemora 200 anos de independência.
Não é o primeiro plano da Prefeitura para marcar o segundo centenário da independência. A gestão Gilberto Kassab (PSD), por exemplo, tinha projeto de fazer da Avenida D. Pedro I uma rua que concentrasse consulados estrangeiros em São Paulo -- a proposta não avançou na Prefeitura.
É comum que datas marcantes como essa resultem na entrega de grandes obras. O Parque do Ibirapuera, por exemplo, foi entregue à cidade para marcar os 400 anos de fundação da capital.
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