Pablo Pereira
16 de março de 2021 | 22h44
O País se aproxima dos 300 mil mortos pela pandemia. É uma tragédia. O desempenho das autoridades nacionais de saúde é um desastre. Estamos no quarto ministro da Saúde em menos de um ano. Especialistas em saúde pública repetem que parte dessas mortes por covid-19 poderia ter sido evitada. A vacinação é lenta e está longe de atender à expectativa da população, que aguarda ansiosa, com medo, pela proteção contra o vírus mortal. Temos 10 milhões de vacinados, faltam 200 milhões!
Agora vejam esse raciocínio, feito pelo empresário João Teodoro da Silva, presidente do Sistema Cofeci-Creci, a entidade dos corretores de imóveis: Já que não há vacina para todos, vacine-se primeiro os jovens (produtivos) em vez de priorizar os idosos, aposentados (os improdutivos), que podem ficar isolados em casa.
Isso provocaria uma mudança radical na atual política de vacinação e é um raciocínio que se junta com a posição defendida pelo Palácio do Planalto. Será que vem aí uma nova orientação para a vacinação no País, que tem novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga? Ele já disse que vai atuar para “preservar” a atividade econômica.
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