Histórias de São Paulo

Técnica de enfermagem que contraiu a covid-19 relata sintomas da doença


Por Pablo Pereira
 

Técnica de enfermagem Jamile Eilert, de 24 anos, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Ela contou como foi infectada pelo vírus SARS-COV-2, o novo coronavírus. Afastada do trabalho, relata os sintomas da doença.

DEPOIMENTO:

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"A nossa unidade é a da pediatria no Hospital de Clínicas. Começou quando uma de nossas enfermeiras chegou de viagem de São Paulo. Ela não apresentou sintomas logo de cara, mas teve dores de garganta e coriza. Seguiu trabalhando conosco, após saiu de férias. Depois desse surto da mídia e na sociedade, resolveram coletar (fazer exame) dela. E deu positivo. Ficamos chocadas! Passou um período de uns 4 dias e várias colegas começaram a apresentar os sintomas. Sintomas mais agressivos. O que aconteceu é que tivemos poucos pacientes positivos pra covid e vários funcionários se contaminando entre si, por não haver recursos de EPI (equipamentos de proteção individual) para todos e também por não se ter conhecimento desse novo vírus. Faz 4 dias que venho tendo sintomas. Fiz exame no sábado de manhã e à noite recebi o resultado positivo. Fui afastada. E sábado para domingo começaram os sintomas respiratórios. Dentre eles fadiga, fortes dores de cabeça, picos febris durante o dia, falta de ar fazendo esforço ou não, dores nas costas e no peito e uma forte queimação. Quando se inspira o ar, tem uma sensação de queimação nas vias aéreas até traqueia. Horrível. Pela manhã acordo com os pulmões doloridos, como se tivesse sido golpeado com vários socos. Quando deitada de barriga pra cima, da também uma sensação de afogamento. Algumas colegas estão desenvolvendo pneumonia e sendo internadas. Retornei ao hospital para consulta, mas o mesmo diz que não existe um protocolo para iniciar medicação ou qualquer outra intervenção já que estes sintomas são esperados. Apenas que há uma piora importante no quadro respiratório para internação. São 14 dias de afastamento. Nós, da enfermagem, que somos a linha de frente de qualquer situação estamos apavoradas porque não sabemos se vamos ficar bem ou quantas mais colegas nossas precisarão internar."

 Foto: Estadão

Nota: A entrevista da técnica de enfermagem foi feita na quarta-feira, dia 1. Na sexta-feira, ela informou que estava "melhor".

 

Técnica de enfermagem Jamile Eilert, de 24 anos, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Ela contou como foi infectada pelo vírus SARS-COV-2, o novo coronavírus. Afastada do trabalho, relata os sintomas da doença.

DEPOIMENTO:

"A nossa unidade é a da pediatria no Hospital de Clínicas. Começou quando uma de nossas enfermeiras chegou de viagem de São Paulo. Ela não apresentou sintomas logo de cara, mas teve dores de garganta e coriza. Seguiu trabalhando conosco, após saiu de férias. Depois desse surto da mídia e na sociedade, resolveram coletar (fazer exame) dela. E deu positivo. Ficamos chocadas! Passou um período de uns 4 dias e várias colegas começaram a apresentar os sintomas. Sintomas mais agressivos. O que aconteceu é que tivemos poucos pacientes positivos pra covid e vários funcionários se contaminando entre si, por não haver recursos de EPI (equipamentos de proteção individual) para todos e também por não se ter conhecimento desse novo vírus. Faz 4 dias que venho tendo sintomas. Fiz exame no sábado de manhã e à noite recebi o resultado positivo. Fui afastada. E sábado para domingo começaram os sintomas respiratórios. Dentre eles fadiga, fortes dores de cabeça, picos febris durante o dia, falta de ar fazendo esforço ou não, dores nas costas e no peito e uma forte queimação. Quando se inspira o ar, tem uma sensação de queimação nas vias aéreas até traqueia. Horrível. Pela manhã acordo com os pulmões doloridos, como se tivesse sido golpeado com vários socos. Quando deitada de barriga pra cima, da também uma sensação de afogamento. Algumas colegas estão desenvolvendo pneumonia e sendo internadas. Retornei ao hospital para consulta, mas o mesmo diz que não existe um protocolo para iniciar medicação ou qualquer outra intervenção já que estes sintomas são esperados. Apenas que há uma piora importante no quadro respiratório para internação. São 14 dias de afastamento. Nós, da enfermagem, que somos a linha de frente de qualquer situação estamos apavoradas porque não sabemos se vamos ficar bem ou quantas mais colegas nossas precisarão internar."

 Foto: Estadão

Nota: A entrevista da técnica de enfermagem foi feita na quarta-feira, dia 1. Na sexta-feira, ela informou que estava "melhor".

 

Técnica de enfermagem Jamile Eilert, de 24 anos, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Ela contou como foi infectada pelo vírus SARS-COV-2, o novo coronavírus. Afastada do trabalho, relata os sintomas da doença.

DEPOIMENTO:

"A nossa unidade é a da pediatria no Hospital de Clínicas. Começou quando uma de nossas enfermeiras chegou de viagem de São Paulo. Ela não apresentou sintomas logo de cara, mas teve dores de garganta e coriza. Seguiu trabalhando conosco, após saiu de férias. Depois desse surto da mídia e na sociedade, resolveram coletar (fazer exame) dela. E deu positivo. Ficamos chocadas! Passou um período de uns 4 dias e várias colegas começaram a apresentar os sintomas. Sintomas mais agressivos. O que aconteceu é que tivemos poucos pacientes positivos pra covid e vários funcionários se contaminando entre si, por não haver recursos de EPI (equipamentos de proteção individual) para todos e também por não se ter conhecimento desse novo vírus. Faz 4 dias que venho tendo sintomas. Fiz exame no sábado de manhã e à noite recebi o resultado positivo. Fui afastada. E sábado para domingo começaram os sintomas respiratórios. Dentre eles fadiga, fortes dores de cabeça, picos febris durante o dia, falta de ar fazendo esforço ou não, dores nas costas e no peito e uma forte queimação. Quando se inspira o ar, tem uma sensação de queimação nas vias aéreas até traqueia. Horrível. Pela manhã acordo com os pulmões doloridos, como se tivesse sido golpeado com vários socos. Quando deitada de barriga pra cima, da também uma sensação de afogamento. Algumas colegas estão desenvolvendo pneumonia e sendo internadas. Retornei ao hospital para consulta, mas o mesmo diz que não existe um protocolo para iniciar medicação ou qualquer outra intervenção já que estes sintomas são esperados. Apenas que há uma piora importante no quadro respiratório para internação. São 14 dias de afastamento. Nós, da enfermagem, que somos a linha de frente de qualquer situação estamos apavoradas porque não sabemos se vamos ficar bem ou quantas mais colegas nossas precisarão internar."

 Foto: Estadão

Nota: A entrevista da técnica de enfermagem foi feita na quarta-feira, dia 1. Na sexta-feira, ela informou que estava "melhor".

 

Técnica de enfermagem Jamile Eilert, de 24 anos, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Ela contou como foi infectada pelo vírus SARS-COV-2, o novo coronavírus. Afastada do trabalho, relata os sintomas da doença.

DEPOIMENTO:

"A nossa unidade é a da pediatria no Hospital de Clínicas. Começou quando uma de nossas enfermeiras chegou de viagem de São Paulo. Ela não apresentou sintomas logo de cara, mas teve dores de garganta e coriza. Seguiu trabalhando conosco, após saiu de férias. Depois desse surto da mídia e na sociedade, resolveram coletar (fazer exame) dela. E deu positivo. Ficamos chocadas! Passou um período de uns 4 dias e várias colegas começaram a apresentar os sintomas. Sintomas mais agressivos. O que aconteceu é que tivemos poucos pacientes positivos pra covid e vários funcionários se contaminando entre si, por não haver recursos de EPI (equipamentos de proteção individual) para todos e também por não se ter conhecimento desse novo vírus. Faz 4 dias que venho tendo sintomas. Fiz exame no sábado de manhã e à noite recebi o resultado positivo. Fui afastada. E sábado para domingo começaram os sintomas respiratórios. Dentre eles fadiga, fortes dores de cabeça, picos febris durante o dia, falta de ar fazendo esforço ou não, dores nas costas e no peito e uma forte queimação. Quando se inspira o ar, tem uma sensação de queimação nas vias aéreas até traqueia. Horrível. Pela manhã acordo com os pulmões doloridos, como se tivesse sido golpeado com vários socos. Quando deitada de barriga pra cima, da também uma sensação de afogamento. Algumas colegas estão desenvolvendo pneumonia e sendo internadas. Retornei ao hospital para consulta, mas o mesmo diz que não existe um protocolo para iniciar medicação ou qualquer outra intervenção já que estes sintomas são esperados. Apenas que há uma piora importante no quadro respiratório para internação. São 14 dias de afastamento. Nós, da enfermagem, que somos a linha de frente de qualquer situação estamos apavoradas porque não sabemos se vamos ficar bem ou quantas mais colegas nossas precisarão internar."

 Foto: Estadão

Nota: A entrevista da técnica de enfermagem foi feita na quarta-feira, dia 1. Na sexta-feira, ela informou que estava "melhor".

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