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Histórias de São Paulo

Rota de Brasileia: abrigo de haitianos tem 750 imigrantes

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Por Pablo Pereira
Atualização:

Depois de um mutirão para desempacar a burocracia de documentos e aliviar a pressão de imigrantes haitianos em Brasileia, no Acre, na metade do mês de abril, a situação dos imigrantes que buscam ajuda humanitária no Brasil melhorou. Mas ainda é preocupante. Somente na manhã de hoje, 13 de maio, chegaram ao abrigo 25 imigrantes. Eles usam a rota de Brasileia para tentar a vida no Brasil.

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Nos meses de março e abril, o abrigo recebeu um aumento nas chegadas, que levou o local a ter 1,3 mil pessoas num espaço preparado para duas centenas. Isso criou cenas tristes de pessoas disputando marmita no braço. O governo do Acre decretou emergência para ser ouvido por Brasília. Servidores públicos (federais, estaduais e municipais) fizeram um esforço conjunto por uma semana no local da concentração. Houve liberação de verbas federais e, naqueles dias, foi acelerada a liberação da papelada de cerca de 500 pessoas, aliviando o caótico acampamento que funciona em galpão sem paredes e que não oferecia as mínimas condições de acomodação e higiene.

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Hoje com banheiros e um improvisado refeitório para evitar as batalhas por comida, cenas retratadas por Filipe Araújo (acima) em abril, o abrigo ainda tem cerca de 750 imigrantes à espera de oportunidades de trabalho.

Na semana passada, ao receber uma homenagem da Câmara de Vereadores de Brasileia, pelo trabalho de auxílio aos haitianos, Damião Borges de Melo, funcionário da Secretaria de Direitos Humanos, dizia que pelo menos 7 mil haitianos já entraram no Brasil pela cidade.

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Ele trabalha com o grupo de imigrantes desde 2010, quando os haitianos começaram a chegar ao Acre fugindo da desgraça do terremoto de janeiro daquele ano em seu país. Damião afirmou ontem que as melhorias nas instalações do abrigo acabaram atraindo mais gente. "Todo dia chegam, 50, 70 deles", declarou.

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