Pablo Pereira
26 de novembro de 2021 | 14h55
“Faz escuro mas eu canto”, escreveu o poeta Thiago de Mello quando uma onda de autoritarismo se anunciava lá em 1965. A expressão de resistência agora é nome de uma exposição de arte com forte mensagem sobre a obra de artistas indígenas na Bienal, a 34ª Bienal de São Paulo, no Parque Ibirapuera. A oferta está nos seus últimos dias – vai até dia 5.
É uma excelente oportunidade para ver a criação artística de gente que tem uma pegada cultural diferente dessa da urbana vivência da grande metrópole paulista. São etnias variadas. Visões diversas de mundo. Há três andares de obras, instalações, mensagens na exposição. A visita exige tempo disponível para curtir cada setor, caminhar por entre as obras, sentir o clima de latinidade universal de “Faz escuro mas eu canto”. É um choque cultural. E é de graça, sem cobrança de ingresso.
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