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Histórias de São Paulo

País estranho: caos de greves e ufanismo, tudo ao mesmo tempo

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Por Pablo Pereira
Atualização:

O gigante acordou em São Paulo. Mas ainda não dá pra saber exatamente qual é o rumo que vai tomar, o que ele realmente quer ou, até, se são vários desses seres perturbadores convivendo no mesmo espaço.

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Na onda de "o gigante acordou" das manifestações, a paralisação dos metroviários de São Paulo mudou a rotina da cidade na sexta-feira, 6, não só nos principais corredores de trânsito, que passaram a manhã lotados de carros. Bairros da zona norte, como Jaçanã, Tremembé, Casa Verde, Santana, também foram muito afetados pelos enormes engarrafamentos.

No eixo da Linha Azul, quando a chuvinha molhava tudo na zona norte, desde cedo a irritação era grande nas filas de carros, ônibus e vans pela Avenida Luiz Dumont Villares. Por volta das 10h30, as estações de Tucuruvi e Parada Inglesa estavam fechadas para os usuários e o povo se aglomerava nos pontos de ônibus em busca de uma chance de locomoção no tráfego lento, no rumo do Centro.

Com tudo parado, as pessoas tiveram mais tempo para notar que a cidade começa, finalmente, a ver nascer um outro gigante: o do verde-amarelo. Bandeiras brasileiras aparecem nos prédios, casas e comércios, bandeirolas tipo "Volpi" enfeitam postes e carros e até fio da calçada de algumas travessas da Avenida Casa Verde foi pintado nas cores da Seleção de Felipão, que se apresenta no Morumbi.

É a greve e a Copa, juntos. Gigantes de indignação e de ufanismo, tudo ao mesmo tempo.

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País estranho!

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