Pablo Pereira
17 de julho de 2014 | 15h47
Saiu o número oficial de turistas em São Paulo no período da Copa do Mundo.
A Copa foi um sucesso porque o país funcionou. Sim, funcionou! Mesmo que muita gente tenha alardeado que tudo seria uma droga, viveríamos o caos e blá, blá, blá, o país funcionou. Fracassou o “imagina na Copa”. Ah, mas temos problemas graves! Claro que temos. Temos diferenças sociais gravíssimas. As desigualdades, as seculares mazelas brasileiras, as favelas, estão aí. Não vê quem não quer. E como tem gente que não quer ver…
Outro dia, levei ao aeroporto um grupo de três jovens irlandeses que aqui vieram passar duas semanas na reta final da Copa. Nunca tinham vindo à “South América”. Adoraram o que viram em São Paulo, Fortaleza e Rio, por onde passaram. Usaram aeroportos (sem atrasos, cancelamentos ou o caos aéreo propalado durante meses por aqui), táxis, bares, restaurantes, museus, e conviveram conosco, numa boa.
Os jovens turistas foram embora felizes com a estada. E sonham com uma volta, talvez, nas Olimpíadas de 2016. Mas não deixaram de comentar as diferenças sociais encontradas. Viajaram encantados com o país, mas lamentando a pobreza de tanta gente. A impressão geral deles, absolutamente correta, é a de que os brasileiros precisam de ajuda.
.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.