Um estudo da Fundação Seade mostra dados, até esperados, em razão do que foi observado na pandemia, mas que não deixam de ser impressionantes: a taxa de mortes entre idosos, pessoas com 60 anos ou mais, que vinha caindo no Estado de São Paulo, voltou a subir. Passou de 33,5 mortes por mil habitantes em 2019 para 37,1 óbitos por mil em 2020 - o primeiro ano do coronavírus. São os frios números da estatística medindo e confirmando o drama vivido pelas famílias com as perdas do ano passado, cerca de 4 pontos percentuais acima do ano anterior.
De acordo com os dados, a conta, que habitualmente mostra mesmo a morte de mais homens do que mulheres nessa faixa de idade, desta vez, em 2020, foi muito pesada.
Em 2019, morriam 38,5 homens por mil, enquanto a taxa feminina era de 29,6 mulheres por mil. Mas a pandemia bombou as mortes entre os sessentões e seus "colegas" de mais idade. A mortalidade masculina nessa faixa da população paulista pulou, em 2020, para 43,6 por mil, enquanto a taxa feminina chegou a 32,1 por mil.
Por regiões:
De acordo com a Fundação, em 2020, as taxas mais elevadas foram verificadas na Região Metropolitana da Baixada Santista (42,5 por mil) e nas regiões de São José do Rio Preto (40,5 por mil), Barretos (39,6 por mil), Registro (39,5 por mil) e Itapeva (39,2 por mil).
As menores taxas ocorreram nas regiões de São José dos Campos (34,5 por mil) e Campinas (34,9 por mil). A Região Metropolitana de São Paulo, que exibia a menor taxa de mortalidade em 2019 (32,3 por mil), passou para a oitava posição relativa em 2020 (37,2 por mil).