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Histórias de São Paulo

Domingo, vou torcer pela Alemanha!

Por Pablo Pereira
Atualização:

Outro dia, visitando Buenos Aires com a família, fomos comer a famosa carne macia de lá, delícia que se encontra também em algumas cozinhas de São Paulo. E o garçom portenho, grosseiramente, se negou a trocar o prato da entrada. Achei que talvez fosse um episódio isolado, que aquele rapaz precisasse de treinamento. Pedimos ajuda ao chefe do salão para a troca da louça usada na salada. O homem, com aquela cara de enfado com turistas, tão teve dúvida: não trocamos o prato!

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É claro que a carne, macia, desceu atravessada. O almoço só não foi um desastre porque a família assoprou daqui, dali, esfriando os ânimos. Tudo bem, vai que tenhamos tido o azar de entrar justamente numa casa com gente estúpida, que maltrada cliente, essas coisas desagradáveis. Calma. Não generalizemos. E decidimos que não voltaríamos mais lá. Pronto. Resolvido. Segue o passeio.

Com duas senhoras de mais de 70 anos no grupo, claro, tinha de rolar a regulamentar visita a uma casa de tangos. Na boa. E lá fomos nós. Na hora do espumante, vexame. Outra desinteligência com o serviço. Bom, aí já lembrei das exigências, excessivas, de bloqueio de valores no cartão de crédito para aluguel do carro, da porta do "coche" esfregada na garagem por um manobrista, e dos garçons-mala do restaurante das boas carnes. O humor azedou. Só voltou ao normal ao sermos salvos por atenciosos e gentis anfitriões no hotel e, no dia seguinte, uma visita à livraria El Ateneo.

Depois dessa experiência, digamos, chata, voltei a Buenos Aires outra vez, a trabalho. E mais uma vez tive encontro ruim no bonito Puerto Madero, desta vez com um gerente grosseiro. Tenho amigos que adoram os argentinos, alguns que vivem ou viveram em Buenos Aires sem qualquer problema. Eu mesmo encontrei argentinos aos milhares em Porto Alegre, quando do jogo contra a Nigéria, e, na semana passada, em padarias de São Paulo. Todos cordiais, divertidos. Muitos deles elogiando o Brasil.

Mas confesso que até hoje tenho aquele "vacio" atravessado.

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Domingo, vou torcer para a Alemanha!

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