Pablo Pereira
14 de julho de 2014 | 13h00
O Brasil não aprendeu nada da lição que os alemães deram nesta Copa do Mundo. Zero. O comportamento da cartolagem – e dos inimigos da dupla Felipão/Parreira – é pior do que a goleada da semifinal, que teve pelo menos o gol do Oscar. Agora, para atender à cachorrada que emparedou a comissão técnica – que até outro dia era largamente lambida, elogiada, bajulada –, a CBF detonou Felipão e companhia.
Não foi o que fez a Alemanha quando perdeu a Copa passada. Pelo contrário, manteve o agora campeão Joachim Low no comando. E reforçou seu trabalho. Low, que era assistente em 2006, quando virou técnico, perdeu a Eurocopa de 2008; perdeu a Copa do Mundo de 2010; e perdeu a Euro de 2012, quando ficou em terceiro lugar. Nesse período, a Alemanha viu a supremacia da Espanha, que ganhou tudo. Mas garantiu o trabalho do “perdedor” Low. Ele agora é o campeão.
Mas nós estamos no Brasil, a terra do improviso, das respostas superficiais. Mais uma vez, para atender ao imediato clamor da “crítica”, entregaram a cabeça do técnico.
Não aprenderam nada com a Alemanha.
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