A temperatura das águas do Atlântico, medida no Rio de Janeiro, nesta época, tem ficado por volta de 24 a 28 graus nos últimos anos. Em terra, um verão de lascar o cano - prato cheio para quem gosta de mar, bronzeadores e cervejinha gelada na praia. Já lá na banda superior do mapa, canadenses penam com essa elevação das temperaturas médias no Planeta. Depois de um verão (de junho a agosto) com temporada de seca e queimadas florestais assustadoras, o inverno chegou para eles trazendo águas à rodo. Nos últimos anos, o Oceano Pacífico tem tido médias mais altas - hoje, 29 de novembro, está em 8,6 graus positivos. Os rios transbordam há semanas e as enchentes nas planícies causam prejuízos na produção de alimentos e isolam populações, como ocorre há dias em Abbotsford, na divisa da British Columbia com os EUA.
Confira aqui as variações de temperatura nos oceanos.
Mas esse clima estranho, de temperaturas acima das médias nos mares, que bagunça a vida na bela e ecológica BC, neste ano tem uma boa nova no alto das montanhas branquinhas de neve. Indicadores do ambiente de inverno, os ursos Grinder e Coola, que vivem no parque preservado da Grouse Mountain, hibernaram mais cedo, dois dias antes do retiro do ano passado. Em 2020, eles passaram 170 dias na toca, um recorde. Ficaram cinco meses e meio no escuro, sendo observados apenas por câmeras infravermelhas que permitem aos técnicos do Parque observá-los na sonolência dessa impressionante condição "ursística" natural. São animais fantásticos. Eles não dormem o tempo todo, ficam numa condição de "sonados", mas se mexem, gastando a energia da gordura corporal acumulada. De lá, vão sair somente na primavera, lá em abril. Veja aqui: Grinder and Coola
Os ursos sabem das coisas. Previsão do tempo na região, divulgada nesta segunda-feira, aponta para um inverno rigoroso nos próximos meses.
(Texto atualizado)