Marcel Naves
16 Novembro 2016 | 18h40
Caminhões fazem fila para descarregar entulho em terreno ocupado irregularmente em Barueri, na grande São Paulo
Em Barueri, na grande São Paulo, a área localizada na Av. Giovani Atílio Tolaine, 1143, chama a atenção pela intensa movimentação de caminhões. Segundo moradores, são mais de 400, todos os dias, carregando terra, restos de obras e muito lixo.
Diariamente, todo este material é despejado no local, sendo espalhado logo em seguida com o auxílio de um trator.O terreno foi ocupado irregularmente e por questões de segurança os moradores do entorno preferem não ser identificados, mas relatam que os problemas são muitos.
Para um auxiliar administrativo, que trabalha e mora na região, trata-se de uma preocupação constante. ‘Tem caminhão todos os dias e nós não temos o menor conhecimento do que eles carregam. A gente vê chegando todo tipo de coisa”, relata.
Os donos de empresas vizinhas também se mostram preocupados com a situação. Muitos reclamam que já recorreram a órgãos como prefeitura, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e até mesmo a policia, mas a questão nunca é resolvida.“Eu mesmo já estive na prefeitura três vezes, aí desisti, mesmo porque todo mundo sabe que aquilo é mesmo um ‘bota fora’, e ninguém faz nada”, afirma o dono de um galpão.
Em nota, a prefeitura de Barueri relata que a área já foi objeto de infração, embargo e multas, sendo que atualmente compete ao Tribunal de Justiça de São Paulo providenciar a desocupação. O TJSP informou que necessita de mais detalhes para verificar a situação do processo de reintegração de posse, que ainda está em andamento. A Secretaria do Meio Ambiente afirmou que irá enviar técnicos para vistoriar o terreno.
Acompanhe abaixo a íntegra do comunicado enviado pela prefeitura de Barueri.
“O referido caso já foi objeto de auto de infração e embargo, mais multa, por parte da Prefeitura de Barueri, em setembro deste ano. Porém, clandestinamente, os trabalhos irregulares prosseguem.
Trata-se de área invadida. O proprietário da área já ingressou com ação de reintegração de posse, e o caso encontra-se agora no TJ-SP, que é a instância que pode acionar o ‘poder de polícia’ para resolver de vez a questão.”
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