Na baixada do Glicério, região central de São Paulo os moradores estão impossibilitados de utilizarem uma das poucas áreas verdes existentes na redondeza. Isto porque, o portão principal da Praça Ministro Francisco Sá Carneiro se encontra fechado com corrente e cadeado. O único acesso possível é feito por moradores de rua por meio de um buraco aberto em uma das grades.
A área que em anos anteriores chegou a ser utilizada pela comunidade se encontra abandonada.As poucas benfeitorias que existiam foram destruídas, o que sobrou das quadras poliesportivas, por exemplo, está ocupado por barracas montadas por usuários de drogas.
No local ao menos duas obras que chamam á atenção já começaram a ter as paredes levantadas . Não há qualquer placa que indique do que venha a ser o projeto, e tão pouco se o processo da construção está regular.
A reivindicação dos moradores para que o lugar volte a ser utilizado como espaço de lazer é antiga.Adilson Gonçalves, que é representante da organização de moradores do Glicério afirma que já fez diversas reuniões a respeito. "A gente sempre ouve uma história diferente, são sempre promessas de que irão resolver, que vão devolver a nossa praça, mas nada acontece", afirma.
Armando Leonardo reside no bairro há pelo menos três décadas e relata que o local já foi muito utilizado para o lazer. Ele se recorda que as pessoas costumavam se divertir na região . "Todo mundo vinha dar uma relaxada, eram crianças, jovens e senhores. Todo mundo vinha passear por aqui, era um lugar bonito você tinha de ver", diz.
Em nota a prefeitura afirmou que a praça está interditada por ter sido ocupada irregularmente. Não foi dado prazo para que o local seja reaberto. No próximo dia 27 , a partir das 8 horas , os moradores do Glicério darão início a uma série de manifestações no local .O protesto será encerrado ás 17 horas, com umabraço simbólico a praça Ministro Francisco Sá Carneiro.
Confira abaixo a integra do comunicado enviado pela PMSP:
"A praça estava ocupada irregularmente e foi fechada diante da nova situação. Neste momento, a prefeitura estuda e deve encaminhar em breve processo de reintegração".