Marcel Naves
01 de novembro de 2016 | 18h59
Bares da Rua General Leite de Castro, no Jd. Santa Cruz, na zona sul da cidade fecham durante e abrem à noite
Os moradores da Avenida General Leite de Castro, no Jardim Santa Cruz, não sabem mais o que fazer para garantir a tranquilidade. O motivo das reclamações vem de bares e restaurantes da região, que parecem desconsiderar o Programa de Silêncio Urbano.
O Psiu foi criado pela Prefeitura com o objetivo de combater a poluição sonora e tem amparo legal. A lei de zoneamento, 16.402, por exemplo, em seu artigo 146, proíbe a emissão de ruídos produzidos a níveis superiores que os determinados pela legislação federal, estadual ou municipal.
No entanto, uma moradora, cuja a casa está a poucos metros de um dos estabelecimentos, desabafa que a situação está insustentável e se arrasta há pelo menos 3 anos. “A música ao vivo não tem hora e tem ainda os estudantes que vão pra rua, gritam, quebram garrafas e brigam. Tem gente aqui que está ficando doente”, afirma a dona de casa.
Quase todo o comércio existente ocupa antigas residências, não havendo qualquer tipo de adaptação, como por exemplo, o isolamento acústico. Por serem áreas relativamente pequenas, é comum que a lotação máxima seja atingida em pouco tempo. Uma vez na rua, os frequentadores constantemente passam a ocupar parte das vias e das calçadas.
O trânsito costuma ficar caótico, sobretudo no período da noite. Os carros são estacionados em locais proibidos, em frente a garagens, e não raras às vezes, acabam por bloquear acessos às ruas próximas.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou, sem precisar datas, que tanto a CET quanto o Psiu incluirão os locais citados nas próximas fiscalizações.
Leia abaixo a íntegra da nota emitida pela PMSP:
“A Companhia de Engenharia de Tráfego vai vistoriar a Avenida General Leite de Castro e incluirá a via na fiscalização periódica realizada por meio de rotas em viaturas.
O Programa de Silêncio Urbano (PSIU) informa que irá incluir o endereço citado na programação das próximas ações de fiscalização”.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.