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Os problemas dos bairros de São Paulo em discussão

Moradores da Zona Leste pagam por esgoto sem tratamento

Por Marcel Naves
Atualização:

Moradora  da Rua Coração Valente , reclama que  apesar de pagar não tem o esgoto tratado. Foto: Estadão

Os moradores de Cidade A. E. Carvalho, na zona leste de São Paulo alegam que o esgoto da região não é tratado. Segundo eles tudo é lançado em um córrego, que ocupa parte de uma área invadida, próxima a Escola Estadual COHAB - Águia de Haia I. No local, alguns trechos chegaram a ser canalizados pelos próprios ocupantes do terreno, que confirmam o despejo irregular.

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As pessoas que residem no local invadido, afirmam que a situação só é lembrada durante as eleições. O problema maior é para os proprietários de imóveis quem reside nas Ruas Arbela, Coração Selvagem e Trem de Lata. Alberto Simões, que mora na região há mais de 20 anos, diz que já deixou de contabilizar os prejuízos. "A qualquer chuva alaga tudo por aqui, e quando não alaga o esgoto entope, e acaba voltando pra nossa casa. Eu já perdi muito com tudo isto", afirma.

Ligações clandestinas e esgoto despejado irregulamente em córrego da Zona Leste. Foto: Estadão

A qualidade da água fornecida pela Sabesp também preocupa. A moradora Maria de Fátima justifica o receio, devido à proximidade entre as redes de fornecimento e de água pluvial. Uma aposentada, que reside na Rua Trem de Lata, confirma a situação. "Quando eles abrem para fazer algum reparo a gente vê que os canos estão bem pertinho um do outro. Basta qualquer vazamento pra contaminar a água", afirma a senhora que prefere não se identificar.

Em nota, a Sabesp informou que a região possui rede coletora de esgoto. O órgão esclareceu ainda que, em caso de dúvidas, o cidadão deve solicitar a visita de um técnico. A prefeitura ressaltou que a manutenção do córrego Jacupeval é feita periodicamente.

Abaixo íntegra dos comunicados enviados pela Sabesp e PMSP:

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"A Sabesp informa que as ruas Coração Selvagem, Arbela e Trem de Lata, no bairro Cidade A. E. Carvalho possuem rede coletora de esgoto. Em relação a cobrança da taxa de esgoto, a companhia esclarece que as empresas de saneamento são contratadas para realizar a despoluição que envolve três fases, conforme os planos municipais de saneamento constantes dos contratos: coleta, afastamento e tratamento final. A legislação federal define que é devida a tarifa desde que executada uma das fases. O atendimento depende também de medidas das prefeituras para regularização de áreas invadidas/irregulares sem as quais a Sabesp não pode implantar o saneamento. Os moradores que estiverem com dúvida se estão ou não conectados à rede podem entrar em contato com a companhia e a empresa irá enviar um técnico ao local para verificar a situação. A Sabesp lembra que as galerias de águas pluviais e as ocorrências relacionadas às enchentes são de responsabilidade da prefeitura, assim como a poluição difusa - resíduos que podem ser carregados, por exemplo, pelo escoamento da água da chuva nas ruas e avenidas".

 "Em atenção à solicitação, a Subprefeitura Itaquera informa que o córrego se chama Jacupeval e uma equipe está trabalhando no local nesta sexta-feira (9). Ressaltamos que a periodicidade de limpeza é a cada dois meses".

Ouça aqui a reportgem:

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