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Os problemas dos bairros de São Paulo em discussão

Córrego ameaça avenida da zona sul

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Por Marcel Naves
Atualização:

Apesar do abandono PMSP diz que obras nas margens de córrego foram feitas. Foto: Estadão

A situação da av. Gethsêmani, no bairro Vila Sonia, na zona sul de São Paulo é desalentadora. Na esquina da rua Judith Passold Esteves, parte da obra de canalização de um córrego está abandonada. No local, já tomado pelo mato foram deixados grandes tubos de concreto que ocupam parte da via, oferecendo risco aos motoristas.

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Na altura do número 185, um beco que poderia ser utilizado como passagem para pedestres, serve apenas para escoar o esgoto produzido por algumas casas. Quando chove, o local transborda, e nos dias de calor o mau cheiro é insuportável. A proliferação de ratos, baratas e mosquitos também é alvo de reclamações.

Em vários trechos da avenida a ausência de um muro de arrimo ameaça o asfalto. O lixo está esta por toda parte, sendo possível encontrar de vasos sanitários à corpos de animais. O descarte de entulho, sobretudo de restos de construção, ocorre sem dificuldade e a qualquer hora do dia ou da noite. Inconformados, os moradores dizem que já fizeram diversas solicitações a subprefeitura do Butantã, mas nada foi feito até agora.

Em nota, a prefeitura não justificou a paralisação das obras, apenas destacou que a contenção nas margens do córrego foi realizada. Nada foi esclarecido quanto ao esgoto que corre a céu aberto numa viela, ou tão pouco quanto á infestação de ratos, baratas e pernilongos. Sem dar prazos, a PMSPinformou que estuda a elaboração de um projeto para a implantação de um parque linear na região.

"A Subprefeitura Butantã informa que, na esquina da Avenida Gethsemani com a Rua Judith Passald Esteves, foi realizada contenção emergencial para preservar a margem do córrego.Para o local, está prevista elaboração de projeto, na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, para a implantação do Parque Linear Itararé, que vai contemplar a recuperação do córrego, construção de talude de contenção, construção de  guias, calçadas e pavimentação adequada a parque linear.

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O lixo mencionado é consequência de descarte irregular na área. A última limpeza no local aconteceu em 16 de agosto deste ano, e a próxima está prevista para sábado (27), inclusive com serviços de capinação e de desobstrução de bocas de lobo.

Informações complementares

Apesar dos esforços da subprefeitura, é importante ressaltar a necessidade de apoio da população para que os munícipes não depositem materiais inservíveis nas ruas. O descarte irregular de lixo e entulho é crime ambiental passível de multa de R$ 17 mil, conforme previsto em lei. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 156 da Prefeitura. Para realizar o descarte da forma correta, a população pode consultar no site da Prefeitura o dia e o horário em que o caminhão do Cata-Bagulho passará na região, ou ainda solicitar a inclusão de sua rua na programação. Além disso, o munícipe pode comparecer a um dos 90 Ecopontos espalhados pela cidade com, no máximo, 1 m³ de entulho (volume equivalente a uma caixa d'água de mil litros)".

Ouça aqui a reportagem

 

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