Marcel Naves
30 de maio de 2016 | 20h54
Ao lado de uma das entradas do Parque do Trote, na zona norte da cidade, uma edificação completamente pichada chama á atenção. O prédio formado por dois blocos, sendo o menor com seis andares e o maior com doze teria sido idealizado para ser um hotel, porém jamais chegou á abrigar qualquer hóspede e há décadas se encontra abandonado.
Mas do lado de dentro da imensa área verde, com cerca de 200 mil m², em meio a espaços voltados para lazer e recreação o descaso também está presente. No local, uma antiga antiga casa cujo acesso é proibido e uma velha arquibancada de concreto tomada pelo mato destoam completamente da paisagem. São quase que ruínas de parte da antiga Sociedade Paulista de Trotes, que funcionou de 1944 até meados da década de 90, quando fechou as portas definitivamente.
As duas situações há muito representam antigas reivindicações de moradores, tanto da Vila Maria quanto da Vila Guilherme. Para o hotel abandonado existe o desejo de que as atuais instalações possam ser utilizadas para a implantação de novo hospital. Um abaixo assinado com cerca de 13 mil assinaturas chegou a ser encaminhado a diversos órgãos do poder municipal, mas sem qualquer retorno. “O único hospital da região, o municipal vereador José Storopoli, o vermelhinho não tem mais condições. Qualquer atendimento lá não acontece com menos de 03 horas de espera.” Afirma Beto Freire, um dos frequentadores do parque.
O aumento do parque é outro velho pedido não atendido. Segundo Edson Tadeu Marim, presidente da Associação Reivindicativa e Assistencial de Vila Medeiros pelo menos 1/3 da área está interditada, e uma expansão é vital. ” Desde 2006 estamos brigando por esta ampliação, isto porque toda esta área reivindicada responde pela irrigação do Parque, se algo for construído e comprometer o lençol freático tudo pode acabar”. Diz Edson.
Outro problema constatado pela Blitz da Rádio Estadão, na região de Vila Guilherme sobretudo nas imediações do Parque do Trote, está nos vários pontos de descarte clandestino de lixo. Não rara as as vezes o entulho composto em sua grande maioria por restos de obras e móveis velhos chega a bloquear as calçadas, impedindo a circulação de pedestres.
A reportagem da Rádio Estadão entrou em contato com a prefeitura, a fim de obter informações sobre todas as necessidades feitas. Tivemos o comprometimento de que todos os esclarecimentos necessários serão dados até esta terça feira, em virtude do nosso fechamento.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.