Vítimas baleadas por administrador na Aclimação apresentam melhoras

Enfermeiro deixou UTI no domingo e oficial de justiça deve ir para o quarto ainda nesta segunda; não há previsão de alta hospitalar

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Por Felipe Tau
Atualização:

SÃO PAULO - Duas das três vítimas baleadas pelo administrador de empresas Fernando Gouveia na manhã de quinta-feira, na Aclimação, zona sul da capital paulista, apresentaram melhora no quadro de saúde.

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O técnico em enfermagem Márcio Teles de Lima, de 27 anos, atingido no rosto, deixou a UTI do Hospital Alvorada no domingo e o oficial de justiça Marcelo Ribeiro de Barros, de 49 anos, alvejado no peito, deve deixar a UTI do Hospital Bandeirantes nesta segunda-feira, 22, de acordo com a assessoria de imprensa da unidade. A psicóloga Silvia Helena Godin, de 45 anos, também atingida no rosto por Gouveia, estava internada no Hospital São Camilo, mas não teve o estado de saúde divulgado a pedido da família.

Os três foram atacados por volta das 8h20 de quinta, quando o oficial, o enfermeiro e outros integrantes de uma equipe médica compareceram à casa onde estava Gouveia para cumprir um mandado judicial autorizando sua internação. Com distúrbios psicológicos, segundo a família, o administrador atirou contra o grupo, atingindo inclusive Silvia, sua amiga e proprietária da residência. Depois do crime, Gouveia se trancou no sobrado e só se rendeu após quase 9h de negociação com a Polícia Militar.

As vítimas receberam o primeiro atendimento no Hospital do Servidor Público Municipal (HSAPM). Com um dos quadros mais delicados, o oficial de justiça levou um tiro que passou rente ao coração e perfurou seu pulmão. Antes que sua situação se estabilizasse, ele teve uma hemorragia grave e foi submetido a uma drenagem que removeu cerca de um litro de sangue infiltrado no órgão.

O enfermeiro Márcio Teles, por sua vez, foi alvejado na face e teve o maxilar quebrado com a bala, que se alojou na sexta vértebra cervical, um pouco abaixo do pescoço. Nem ele nem o oficial tem previsão de alta hospitalar.

Gouveia continua preso na carceragem do 31 º DP (Vila Carrão), destinada a pessoas com nível superior. Ele deve ser indiciado por seis ou até oito tentativas de homicídio (dependendo do entendimento do Ministério Público sobre o caso).

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