Viatura é atacada e policial morre em Sorocaba

O soldado Sandro Luis Gomes, de 35 anos, fazia patrulhamento de um bairro na zona norte da cidade; sargento que o acompanhava sobreviveu

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - O soldado da Polícia Militar Sandro Luis Gomes, de 35 anos, morreu depois que a viatura em que estava foi atingida por 16 disparos quando fazia o patrulhamento de um bairro, na zona norte de Sorocaba, na madrugada deste domingo, 27. Gomes foi atingido por vários disparos. O sargento Antônio Correia Junior, que também estava no carro, foi ferido com um tiro, mas sobreviveu. No mesmo horário, a casa de outro policial militar foi alvejada com vários tiros na Vila Haro, zona leste da cidade. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de uma ação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

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No primeiro caso, os policiais rodavam pela Avenida Itavuvu, a principal da zona norte, quando um carro emparelhou e seus ocupantes abriram fogo contra a viatura. Onze disparos acertaram a lateral da viatura e outros cinco a parte traseira. Os dois policiais foram atingidos pelos projéteis. Eles foram socorridos e levados ao Hospital Regional de Sorocaba, mas o soldado não resistiu aos ferimentos. O sargento, atingido por uma bala, foi medicado e já recebeu alta. Os dois policiais atuavam pelo programa Operação Delegada, uma parceria da Secretaria da Segurança Pública do Estado com a prefeitura local.

O veículo supostamente usado na ação foi encontrado abandonado na mesma avenida, com marcas dos disparos efetuados pelos policias, que reagiram ao ataque. O policial morto foi sepultado, no início da tarde, no Cemitério Memorial Park. No ataque à casa de outro policial, os bandidos fugiram em dois carros que foram abandonados no mesmo bairro. Nos veículos foram apreendidas munições.

Em nota, a PM lamentou a morte e atribuiu o ataque "covarde e furtivo" a uma retaliação dos criminosos à ação da polícia. Nenhum suspeito do crime tinha sido identificado ou preso até o final da tarde. A Policia Civil, que investiga a morte do policial, não descarta nenhuma hipótese, inclusive a de uma possível ação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). É o quarto caso de policial da ativa ou da reserva assassinado na cidade em menos de um ano.

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