Urubus são retirados de obra da Bienal de São Paulo

Determinação da Justiça, após pedido do Ibama, ordenou retorno de animais para parque ecológico

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Por Priscila Trindade
Atualização:

SÃO PAULO - Os três urubus que integram a obra Bandeira Branca, do artista Nuno Ramos, na 29.ª Bienal de São Paulo, foram retirados do pavilhão na madrugada desta sexta-feira, 8. A remoção ocorreu neste horário, com o pavilhão às escuras, para que os animais não ficassem assustados. "Tem de esperar os urubus dormirem um pouco para depois pôr na gaiola", afirmou ao Estado, ontem, o segundo o produtor-executivo da mostra, Emilio Kalil.

 

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No pedido feito pela Justiça Federal de São Paulo, o juiz substituto Eurico Zecchin Maiolino, da 13ª Vara Cível, alegou que os animais expostos fazem parte de uma espécie silvestre e são provenientes do Parque dos Falcões, um criadouro de conservação. A Fundação Bienal pediu para manter os pássaros da espécie urubu-de-cabeça-amarela no local,como "direito à livre manifestação artística, além de não existir prova de maus-tratos dos animais expostos". A Justiça, porém, negou o recurso.

 

A determinação foi motivada pela notificação, na última sexta-feira, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que, num prazo de cinco dias, os urubus fossem retirados da exposição e retornassem para o Parque dos Falcões, em Sergipe.

 

Nuno Ramos, agora na Turquia, estava ciente da decisão judicial e disse que só comentará o fato quando voltar ao Brasil.

 

 

(Com informações do Jornal da Tarde)

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