Três ônibus são incendiados após morte de suspeito pela PM na zona leste

Grupo com cerca de 20 homens em motocicletas voltou ao local onde o homem foi morto horas antes e iniciou onda de depredação, em Sapopemba

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Por Felipe Tau e Luciano Bottini Filho
Atualização:

SÃO PAULO - Três ônibus e um carro foram incendiados em Sapopemba, na zona leste de São Paulo, após um suspeito ser morto em uma perseguição policial na noite desse domingo, 10.

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Às 19h10, uma viatura em patrulhamento cruzou com quatro adolescentes em um Chevrolet Onix laranja roubado, sem placa. Os suspeitos escaparam da abordagem e, na fuga, o motorista perdeu o controle e bateu e um poste, na Rua Benjamim Carr, 404.

Segundo a Polícia Militar, o condutor, o adolescente Wellington Matheus Sena, de 16 anos, ainda tentou fugir a pé e trocou tiros com os policiais. Ele, segundo os PMs, saiu do carro disparando contra a patrulha. Atingido, ele foi conduzido ao Pronto Socorro do Hospital Municipal Jardim Iva, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Os outros três homens ficaram no carro, sem reagir, e foram presos. Nenhum PM se feriu.

Dois rapazes detidos tinham 15 anos e um terceiro, 16. O veículo foi entregue ao proprietário, que não reconheceu nenhum dos suspeitos. O trio afirmou à polícia que não sabia que Sena estava armado e que o automóvel era roubados. Eles foram liberados pela polícia.

Cerca de cinco horas depois do tiroteio, à meia-noite desta segunda-feira,11, um grupo com cerca de 20 homens, em 10 a 15 motos, percorreu a área da ocorrência e iniciou uma onda de depredação. Dois ônibus foram incendiados na Estrada da Barreira Grande, nos números 2918 e 2836. Em um deles, o fogo foi controlado, mas o outro ficou completamente destruído.

Na Rua Alfonso Ferrabosco, 20, o bando ateou fogo em outro coletivo, totalmente consumido pelas chamas. O grupo ainda queimou um carro na Rua Ivem Berlim e fugiu. Ninguém ficou ferido ou foi preso. O caso foi encaminhado para o 69º D.P (Teotônio Vilela), como homicídio simples durante abordagem policial e ato infrancional por parte do menor de idade.

A Polícia Militar informou que vai instaurar um procedimento interno para investigar a ação policial, como ocorre em todo os casos em que PMs matam suspeitos.

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