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Com chuva fraca há oito dias, cai nível de todos os reservatórios de SP

Cantareira, Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Claro recuaram 0,1 ponto; queda no Alto Cotia foi de 0,2 e, no Rio Grande, de 0,4 

Por Felipe Resk
Atualização:

SÃO PAULO - Após oito dias praticamente sem chover, todos os principais mananciais de São Paulo registraram perda no volume armazenado de água, de acordo com relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta segunda-feira, 20.

Considerado o principal manancial do Estado, o Cantareira, que havia ficado estável no domingo, caiu 0,1 ponto porcentual. Os reservatórios que compõem o sistema abastecem 5,2 milhões de pessoas e operam com 19,1% da capacidade, segundo índice tradicionalmente informado pela Sabesp, ante 19,2% no dia anterior. O valor leva em conta duas cotas de volume morto, de 182,5 bilhões de litros de água e de 105 bilhões, adicionadas no ano passado.

Seca na RepresaJaguari, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Sistema Cantareira é considerado o principal manancial de abastecimento do Estado de São Paulo Foto: Sérgio Castro/Estadão

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As chuvas não têm sido generosas com o Cantareira mesmo em comparação com o histórico de julho - considerado período seco. A pluviometria do dia na região foi zero. Considerando o acumulado do mês, choveu apenas 22 milímetros, número que representa cerca de 68% do volume esperado nesse intervalo, caso a média diária de 1,6 mm, estivesse se repetindo. A última vez em que o manancial teve aumento no volume represado de água foi no dia 26 de junho, há quase um mês, quando subiu de 19,9% para 20%.

No cálculo negativo do sistema, o Cantareira também perdeu 0,1 ponto porcentual e os reservatórios somam - 10,2%, ante - 10,1% no dia anterior. Já de acordo com o terceiro índice, o manancial permaneceu estável em 14,8%. Esse último número considera o volume armazenado dividido pelo volume útil somado às duas cotas de reserva técnica.

Outros mananciais. Atual responsável por abastecer o maior número de pessoas na capital e na Grande São Paulo (5,8 milhões), o Sistema Guarapiranga está em queda há seis dias. Nesta segunda, o manancial soma 77,6% da capacidade: 0,1 ponto porcentual a menos do que no dia anterior. 

Em situação ainda mais grave, o Alto Tietê chegou à 12ª queda consecutiva - também de 0,1 ponto porcentual. O volume armazenado é de 19,1%, ante 19,2% no domingo, 19. Isso já considerando um volume morte de 39,4 bilhões de litros de água.

O Sistema Rio Grande foi quem sofreu a maior variação negativa: 0,4 ponto porcentual. Com a baixa, o reservatório passou de 90,8% para 90,4%. O Alto Cotia caiu 0,2 ponto, de 64,8% para 64,6%. Por sua vez, o Rio Claro reduziu 0,1 ponto. O reservatório opera com 72,3%, ante 72,4% no dia anterior.

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