SP gasta mais R$ 1 bi com esgoto no Tietê

Projeto de despoluição deve consumir mais de R$ 11 bilhões até 2020, diz governo

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Por Monica Reolom
Atualização:

O governo de São Paulo conseguiu mais R$ 1,35 bilhão para despoluir o Rio Tietê. Em evento no Palácio dos Bandeirantes na tarde de ontem, o governador Geraldo Alckmin se reuniu com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, para oficializar financiamento do banco ao Projeto Tietê.O objetivo da despoluição até 2020 foi mantido pela presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, também presente na cerimônia. Desde o surgimento do programa, em 1992, mais de R$ 3,2 bi foram gastos na limpeza do Tietê.O aporte de dinheiro pelo BNDES, aprovado em janeiro deste ano, será usado para cobrir o contrato da Sabesp com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ainda servirá para cumprir as metas da atual etapa do projeto, que até 2014 visa a totalizar a cobertura de coleta e tratamento de esgoto no interior de São Paulo. Todas as 28 cidades operadas pela Sabesp devem ter 100% de esgoto coletado e tratado até 2020.A meta é otimista, considerando que menos de 30% dos 176 municípios que fazem parte da Bacia do Tietê têm sistema de coleta e tratamento total de esgoto (os dados foram divulgados em setembro de 2012 pala Cetesb).A presidente da Sabesp, no entanto, afirmou que é possível ter um rio limpo no prazo estipulado. "Em 2020, o Tietê estará despoluído, mas ainda sem água potável. Já em 2025 teremos uma fauna aquática diversificada."A perspectiva do governador Geraldo Alckmin é que em 2015 barcos de turismo circulem nas águas, a exemplo do Rio Sena, em Paris. Até 2020, segundo a Sabesp, mais de R$ 11 bilhões serão gastos no Projeto Tietê, que ingressará na quarta e última fase em 2015.

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