SP: Com escolas de torcidas, desfiles da 3ª divisão ocorrem sem incidentes

Organização obrigou que uniformizados deixassem sambódromo após apresentação de agremiação

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Por Victor Vieira
Atualização:

SÃO PAULO - Apesar do clima de tensão pela presença de três escolas de samba que representam times rivais no futebol, a quarta noite do carnaval no Anhembi, zona norte de São Paulo, seguiu sem brigas. O receio era de que santistas tentassem aproveitar o desfile para vingar a morte do integrante da Torcida Jovem Márcio Barreto de Toledo, espancado por são-paulinos há nove dias.

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Entre a noite desta segunda-feira, 3, e a madrugada desta terça-feira, 4, desfilaram doze agremiações, entre elas a Independente, do São Paulo, a Camisa 12, do Corinthians, e a Torcida Jovem, do Santos. As apresentações faziam parte do Grupo 1 da União das Escolas de Samba Paulistanas (Uesp), que corresponde à terceira divisão do carnaval paulistano.

Em cumprimento às normas definidas pela Uesp, que responsabilizavam as escolas por qualquer ato de seus integrantes, todos os torcedores uniformizados tiveram que recolher suas faixas e deixar o sambódromo imediatamente após o desfile de suas agremiações. O "código de conduta" vedava qualquer ato nas dependências do Anhembi, no entorno, na saída das quadras e no espaço onde ficam as alegorias.Também foram proibidas bandeiras com mastros e sinalizadores.

A Polícia Militar ainda reforçou o patrulhamento no Anhembi e nos arredores do sambódromo. Era previsto um efetivo de 300 homens, mas a assessoria de imprensa da PM não soube informar quantos compareceram ao evento.

Provocações. Na apresentação da Torcida Jovem, oitava a cruzar a avenida, os membros da escola homenagearam a vítima do espancamento. Uma das faixas na arquibancada também dizia: "Descanse em paz; violência sem limite". Como a Camisa 12 e a Independente desfilaram antes, praticamente já não havia torcedores dos outros dois clubes na arena.

Os torcedores das escolas ficaram em três diferentes áreas da arquibancada para evitar contato físico. No final do desfile da Camisa 12, corintianos e santistas trocaram ofensas e provocações de lados opostos do sambódromo, mas não entraram em confronto. Segundo a PM, não houve registro de ocorrências dentro do Anhembi ou nas ruas próximas até o fim da madrugada desta terça.

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