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Sogra é acusada de dar quatro tiros em nora grávida

Por REGINALDO PUPO e SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Atualização:

Grávida de quatro meses, a dona de casa Francineli Alves Lira Neves, de 28 anos, levou quatro tiros, no dia 27, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Os disparos teriam sido feitos pela sogra dela, Elza Maria da Costa Neves, de 58 anos, e o crime teria sido tramado pelo marido de Francineli, o motorista Emerson Rogério Neves, de 38. Anteontem, a polícia encaminhou para a Justiça inquérito para apurar o atentado.O motivo teria sido a desconfiança do marido, e de sua mãe, de que o filho que Francineli espera não é dele. Em depoimento, Francineli disse que "foram eles" que tentaram matá-la e assegurou que vai fazer exame de DNA para comprovar que Neves é o pai da criança - que sobreviveu e passa bem. "Fui atraída para a emboscada, foi terrível", disse Francineli ontem. Segundo a polícia, após receber uma ligação do marido, ela teria sido atraída até uma estrada na zona leste de São José dos Campos, quando foi recebida a tiros pela sogra. Neves teria assistido ao crime. Em seguida, mãe e filho teriam fugido. A dona de casa ainda conseguiu dirigir seu carro por cerca de um quilômetro pela Via Dutra, na contramão, até bater de frente com um caminhão. Enquanto era socorrida, relatou a policiais rodoviários a origem dos tiros. Ela teve alta no domingo, após cinco dias internada. Autoria. Elza Neves e o filho foram presos preventivamente dois dias após o crime. Ela foi encaminhada para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Tremembé, enquanto seu filho foi levado para o CDP de São José dos Campos. Segundo o delegado Mauro de Almeida, do 5.º DP, mãe e filho foram autuados por tentativa de homicídio duplamente qualificado e tentativa de aborto qualificado. "Não há nenhuma dúvida sobre a autoria, foi um crime passional." Os advogados de defesa vão tentar provar a inocência dos dois, e que tudo teria sido tramado por Francineli. Segundo eles, haveria provas de que eles estariam em outro local.

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