SÃO PAULO - O Sistema Cantareira, que abastece cerca de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, registrou queda em seu volume de água pela primeira vez em 85 dias. O volume do sistema caiu de 20,1% para 20% nesta terça-feira, 28, de acordo com dados divulgados diariamente pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. O porcentual considera todo o volume do manancial em relação ao volume útil.
A três dias do final do mês de abril, o Cantareira registrou praticamente metade da chuva histórica para o mês - acumulou 45,1 mm ante uma média de 89,8mm. A última vez que o sistema havia registrado queda foi em 1 de fevereiro, quando chegou a 5% de sua capacidade, ante 5,1% no dia anterior. Desde então, o sistema se recuperava, mas nos últimos dias, sem chuva, chegou a ficar estável por sete dias.
Já se for considerado o novo método de cálculo da Sabesp, que divulga o índice negativo do manancial (que opera somente com o volume morto), o nível do Cantareira é o mesmo do dia anterior: - 9,2%. A companhia passou a publicar este índice após determinação da Justiça. A liminar que obriga a Sabesp a dar esta informação foi concedida em 16 de abril pelo juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara de Fazenda Pública, a partir de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) no dia 10 de abril.
Outros sistemas. O único manancial a registrar aumento no volume nesta terça-feira foi Rio Claro, que subiu de 47,6% para 47,7% de sua capacidade. Alto Tietê (22,4%), Alto Cotia (65,7%) e Rio Grande (95,6%) ficaram estáveis. O Guarapiranga caiu - foi de 82,3% para 82,1%.