Sistema Cantareira fica estável e completa duas semanas sem aumento

Manancial está com 19,7% da capacidade e voltou a receber chuva; outros dois reservatórios registraram alta nesta terça e dois caíram

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Por Felipe Resk
Atualização:

SÃO PAULO - Mesmo tendo voltado a registrar chuva, o Sistema Cantareira completou nesta terça-feira, 5, duas semanas sem aumento no volume armazenado de água. Segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgado nesta terça-feira, 5, o nível do mais importante manancial de São Paulo se manteve estável com 19,7% da capacidade - mesmo índice do dia anterior.

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Com o retorno do período seco, o nível do Cantareira, que atende 5,4 milhões de pessoas na capital e Grande São Paulo, subiu pela última vez no dia 21 de abril. Na ocasião, o manancial ganhou 0,1 ponto porcentual do volume de água represada - passando de 20% para 21%. Esse índice, tradicionalmente divulgado pela Sabesp, leva em conta duas cotas de volume morto, de 182,5 bilhões de litros de água e de 105 bilhões de litros, adicionadas no ano passado.

Nas últimas 24 horas, a pluviometria na região foi de 4,4 milímetros, praticamente a totalidade das chuvas registradas nesta primeira semana de maio, de 4,5 mm. O número corresponde a apenas 36% do volume esperado, caso a média histórica para o período estivesse se repetindo.

Seca na Represa Jaguari, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, uma das que formam o Sistema Cantareira Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Antes, o Cantareira chegou a passar 85 dias sem queda, mas a sequência foi interrompida no dia 28 de abril, há uma semana. Desde então, o sistema já perdeu água armazenada outras três vezes.

Segundo o cálculo que considera o volume negativo, que passou a ser divulgado pela Sabesp em abril após ordem judicial, o Sistema Cantareira manteve -9,5%. Já de acordo com um terceiro conceito, o manancial continua operando com 15,3% da capacidade. Esse cálculo leva em consideração todo o volume armazenado dividido pelo volume útil acrescido das duas cotas de volume morto.

Outros mananciais. Dos demais sistemas, dois tiveram alta e outros dois caíram. Além do Cantareira, o Sistema Alto Cotia foi o único a se manter estável, com 65,3%.

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O maior aumento foi do Sistema Rio Claro, que subiu 0,5 ponto porcentual, passando de 50,7% para 51,2%, após chuvas de 26 mm. Por sua vez, o Alto Tietê passou a operar com 22,5% da capacidade: 0,1 ponto a mais do que no dia anterior, quando estava com 22,4%. Esse cálculo considera uma cota de volume morto, com 39,4 bilhões de litros de água.

Apesar das chuvas de 5,2 mm, o Sistema Guarapiranga registrou nova queda. O manancial está com 81,2% do volume de água - 0,2 ponto a menos quando comparado com segunda. Além dele, o Rio Grande caiu 0,1 ponto e chegou a 95% da capacidade.

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