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Sem chuva, todos os reservatórios da Grande SP caem

Sabesp não registrou precipitação sobre a área de nenhum dos seis mananciais; Cantareira opera com 6,1% de sua capacidade

Por Felipe Cordeiro
Atualização:

SÃO PAULO - Após um dia sem registro de chuvas, os seis principais reservatórios que abastecem a capital paulista e a Grande São Paulo tiveram queda no nível de água armazenada nesta sexta-feira, 16, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O principal deles, o Sistema Cantareira, voltou a cair 0,1 ponto porcentual pelo quinto dia consecutivo e opera com 6,1% de sua capacidade, ante 6,2% do dia anterior.

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Nos 16 primeiros dias de 2015, o sistema já caiu 11 vezes e o volume armazenado de água já é 1,1 ponto porcentual inferior ao registrado em 1º de janeiro. O atual cálculo da Sabesp leva em conta duas cotas do volume morto, de 182,5 bilhões e de 105 bilhões de litros de água, que foram acrescentadas em maio e outubro, respectivamente.

Sem chuva, a pluviometria acumulada em janeiro segue em 60,1 milímetros, menos da metade do volume esperado para esse período, caso a média histórica do mês, de 8,7 mm por dia, estivesse se repetindo.

Outros mananciais. O reservatório que apresentou a maior queda proporcional foi o Rio Claro, que caiu 0,6 ponto porcentual e opera nesta sexta-feira com 25,1% de sua capacidade, ante 25,7% do dia anterior. Esta já é a 17ª queda consecutiva do manancial, que já perdeu 7,4 pontos porcentuais do volume de água em 2015.

No ano, choveu sobre a região do Rio Claro 15,7 mm, apenas 10% do previsto para esse período, caso chovesse dentro da média histórica do mês, de 9,6 mm por dia. 

Já o Sistema Alto Tietê caiu 0,1 ponto porcentual após dois dias de queda de 0,2 ponto porcentual e opera com 10,8% de sua capacidade. Antes, estava com 10,9% - os números incluem 39,4 bilhões de litros de água do volume morto, adicionados em dezembro.

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Sobre a região do Alto Tietê, choveu 32,4 mm em janeiro, cerca de 25% do esperado para o período se a média histórica do mês, de 8,11 mm de precipitação por dia, estivesse ocorrendo.

Após um dia de estabilidade, o Guarapiranga também caiu 0,1 ponto porcentual nesta sexta-feira e está com 39,9% de sua capacidade, contra 40% do dia anterior. Apesar de dois dias seguidos sem chuvas, a precipitação no sistema nos 16 primeiros dias do ano está acima do previsto para o período, levando em conta a média histórica de 7,39 mm por dia.

Já os Sistemas Rio Grande e Alto Cotia caíram 0,2 e 0,3 ponto porcentual, respectivamente, e operam com 69,9% e 29,6% da capacidade. Sobre a região do Rio Grande, choveu em janeiro 106,4 mm, enquanto na do Alto Cotia, somente 35,4 mm.

Vista da Represa Atibainha, uma das que compõem o Sistema Cantareira, localizada em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo Foto: Sebastião Moreira/Estadão

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