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'São Paulo é mais perigoso do que a Bolívia'

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Por Redação
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Verônica Capcha Mamani, de 24 anos, mãe do menino assassinado

A senhora vai continuar aqui?Não. Quero voltar para o meu país. Quero levar meu filho para a Bolívia. Esse é meu único filho, não o tenho mais. Não quero enterrá-lo aqui. Como a senhora vai voltar para a Bolívia?Não tenho mais dinheiro. Preciso que me ajudem porque não tenho como pagar a volta.A senhora perdeu tudo? Sim. Havia dado todo o meu dinheiro. Essa não é minha casa. Era tudo o que tinha. Já não tenho mais nada.Como a senhora estava quando Brayan levou o tiro?Estava abraçando o meu filho, ajoelhada, em desespero. Ele chorava e gritava: "Mamãe eu não quero morrer, não me mate". A senhora está no País há 6 meses. Por que veio ao Brasil?Meu cunhado morreu aqui. Depois, nós viemos para buscar seu corpo, mas acabamos ficando. Por isso estávamos vivendo aqui ainda.O que acha da violência de São Paulo?Tenho medo. Já não quero mais ficar aqui. É mais perigoso do que a Bolívia.

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