SÃO PAULO - A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que quer colocar parte de seus terrenos e imóveis inativos à venda. No total, serão 24 propriedades, com uma estimativa de ganho de R$ 195 milhões. Além disso, disse que realizará um “feirão” para que devedores públicos e privados possam renegociar suas dívidas. A companhia já encaminhou uma lista de 22 municípios devedores ao Cadastro Informativo dos Créditos Não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais (Cadin).
As informações, divulgadas em nota, foram antecipadas pelo presidente da Sabesp Jerson Kelman ao jornal Folha de S. Paulo.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou ontem as medidas. Para ele, no entanto, é difícil precisar os ganhos com as vendas, por causa da crise econômica no País. "Pela minha experiência, ainda mais num momento de crise, não é fácil vender ativos. Mas é importante ter uma política de que ativos que não sejam operacionais", afirmou.
O governador negou que a cobrança aos municípios tenha relação com a crise hídrica e defendeu a ação. "É preciso priorizar (a cobrança) porque, se você não cobra, aquele que paga deixa de pagar. Independentemente da crise hídrica, isso é uma rotina que deve ser feita sempre". Os nomes dos municípios e de outros possíveis devedores não foram divulgados.