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Sabesp diz que 81% reduziram consumo de água e amplia bônus para 11 cidades

Segundo balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídicos, 39% dos consumidores diminuíram o gasto em pelo menos 20% e conseguiram desconto de 30% na conta em abril

Por Fabio Leite
Atualização:

SÃO PAULO - O índice de consumidores que reduziram o gasto com água durante a crise de estiagem do Sistema Cantareira subiu para 81% em abril, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 30, pela Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos. No levantamento anterior, em março, o índice foi de 76%. Os dados são referentes apenas aos consumidores abastecidos pelo Cantareira. 

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Segundo a pasta, 39% dos clientes da Sabesp reduziram o consumo em pelo menos 20% e conseguiram o desconto de 30% na conta. Os outros 19% aumentaram os gastos com água. A partir de junho, eles poderão ser penalizados com multa de 30%, de acordo com a proposta feito pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp).

Além da multa, a Sabesp decidiu ampliar o plano de bônus para mais 11 cidades fora da Grande São Paulo. São elas: Bragança Paulista, Piracaia, Nazaré Paulista, Joanópolis, Vargem, Pinhalzinho, Paulínia, Itatiba, Morungaba, Monte Mor e Hortolândia. Os consumidores desses municípios poderão ter desconto na conta se reduzirem o consumo em 20%. Por outro lado, também poderão ser sobretaxados se o consumo superior a média mensal em 2013. 

Nos primeiros dois meses, o plano de bônus valeu apenas para os consumidores abastecidos diretamente pelo Cantareira. No dia 31 de março, a Sabesp anunciou a ampliação para as 31 cidades da Região Metropoliana onde opera o serviço de abastecimento de água, atingindo 17 milhões de pessoas. A medida foi tomada porque a empresa passou a usar água dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para suprir a escassez do Cantareira.

Segundo a Sabesp, a redução do consumo através da política de bônus e o remanejamento de água de outros sistemas já possibilitou uma diminuição de 6 mil litros por segundo da vazão retirada pela companhia do Sistema Cantareira. Nesta quarta-feira, o nível do manancial que abastece 47% da Grande São Paulo voltou a cair, atingindo 10,7% da capacidade. De acordo com a companhia, essas duas medidas, aliada ao uso do "volume morto" - reserva profunda do Cantareira -, evitarão a adoção do racionamento de água generalizado ao menos até novembro. 

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