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Roubos saem do centro e vão para a periferia

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Por Redação
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Nos primeiros nove meses do ano, as operações da Polícia Militar em regiões ricas como Morumbi, na zona sul, e centrais, como Santa Ifigênia e Sé, deram bons resultados e ajudaram a diminuir os crimes contra o patrimônio nesses lugares. Em compensação, roubos em geral e de carros cresceram de forma acelerada, principalmente nas periferias da cidade.O resultado aparece nas análises mensais dos dados de criminalidade em São Paulo divulgados na semana passada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Nos crimes de roubo, por exemplo, o DP de Santa Ifigênia era campeão do ranking na capital até o primeiro semestre, com 1.587 casos. Entre julho e setembro, houve redução de 25% nas taxas e o bairro caiu para o quarto lugar. O aumento do efetivo de militares nas ruas por meio da Operação Delegada (bico oficial da polícia) é apontado como uma das causas.Já os bairros que mais subiram no ranking de roubos foram o Jardim Miriam, na zona sul, e o Itaim Paulista, na zona leste. O primeiro passou da 16.ª posição para a 3.ª, com aumento de 55% nos casos. Já o bairro da zona leste subiu da 17.ª posição para o 4.º lugar no terceiro trimestre, ao registrar crescimento de 54%. O local que teve mais roubos foi o distrito de Santo Amaro, na zona sul, que mesmo sem a presença maciça dos ambulantes nas ruas não conseguiu diminuir as taxas, contabilizando 668 roubos no último trimestre."Já detectamos o crescimento dos crimes nos bairros da periferia e ainda tentamos entender as causas. Uma das hipóteses que estamos avaliando é que o crime tem crescido nas regiões das fronteiras da cidade. São lugares com mais possibilidades de fuga e há diferenças nas estruturas das guardas municipais que auxiliam as PMs", analisa o coronel Marcos Chaves, comandante do policiamento da capital.Para lidar com o crescimento dos crimes de roubos a pedestres e de carros nas periferias, a PM já está colocando em prática a Operação Poseidon, voltada principalmente para os bairros de periferia que tiveram aumento nos crimes contra o patrimônio. A operação está baseada principalmente na abordagem de carros suspeitos. "O crime em São Paulo é muito dinâmico e por isso precisamos planejar nossas ações de acordo com as subidas e descidas dos números", afirma o coronel Chaves. / B.P.M.

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