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Rio premia aplicativos que melhoram serviços públicos

Vencedores destacaram de especialidades médicas em unidades de atendimento a acesso aos transportes

Por Antonio Pita e RIO
Atualização:

Localizar via GPS uma unidade de saúde, encontrar o ônibus ou um banheiro público. O desenvolvimento de aplicativos para celulares voltados à melhoria de serviços públicos foi alvo do concurso RioApps, que premiou na última semana ferramentas inovadoras de acesso e interação. Temas como transporte público, orçamento e gestão ganharam aplicativos que orientam os cidadãos e permitem avaliações de usuários. Ao todo, foram 2 mil ideias de aplicativos relacionadas a demandas e problemas da cidade. A partir daí, desenvolvedores criaram ferramentas interativas em que usuários podem opinar sobre a qualidade e melhorias de serviços. Doze projetos foram premiados, dos quais oito funcionam experimentalmente e podem ser baixados na internet. Os aplicativos vencedores destacaram serviços como a identificação de especialidades médicas nas unidades de atendimento, sugestão de prioridades de investimento da prefeitura e acesso aos transportes. Vencedor do concurso, André Ikeda, de 25 anos, criou um aplicativo que informa aos passageiros de ônibus o local e a quantidade de lugares disponíveis a partir das mensagens publicadas pelos usuários. Como ele, outras 3 milhões de pessoas usam os serviços de ônibus diariamente no Rio. "Me senti obrigado a participar, era uma oportunidade de contribuir com a cidade e dar um puxão de orelha nos governos, pois esse tipo de serviço já deveria estar disponível há muito tempo", afirmou Ikeda, que estuda Engenharia da Computação na UFRJ.Para criarem as ferramentas, desenvolvedores tiveram à disposição o banco de dados da prefeitura. Segundo a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, responsável pelo concurso, as informações publicadas pelos usuários são encaminhadas diretamente a órgãos de controle de prefeitura e secretarias. "As pessoas podem participar da gestão da cidade mais ativamente. E o resultado do concurso é sintomático de que a população não está satisfeita com a gestão desses serviços", diz a pesquisadora da UFRJ e jurada do concurso, Tânia Bentes.Utilização. Premiado pelo aplicativo Rio Saúde, que localiza e identifica especialidades médicas de unidades de atendimento, Antônio Marcos de Souza destacou o desafio de acesso dos cidadãos a esses aplicativos. "A tendência é todo mundo ter um smartphone. Mas mais importante que o desenvolvimento é o aproveitamento dessas ferramentas."

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